Taxa de juro para crédito à habitação continua a descer mas muito lentamente
Tanto é que a prestação ainda é superior àquela de há um ano atrás
Depois de uma rápida subida até Janeiro de 2024, desde Fevereiro a taxa de juro para o crédito à habitação tem vindo a descer consecutiva nos 9 meses seguintes, atingindo em Outubro os 4,411%. Basicamente levou 9 meses para chegar abaixo da mesma taxa que havia em Outubro de 2023, sendo que foram precisos apenas 4 meses para atingir o máximo no período (Janeiro de 2024).
De acordo com os dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em Outubro de 2024, "a taxa de juro implícita no crédito à habitação, na Região Autónoma da Madeira (RAM), fixou-se em 4,411%, registando um decréscimo de 0,085 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior. Note-se que esta é a nona redução consecutiva neste indicador. Refira-se ainda que, em Outubro de 2023, a taxa de juro implícita no crédito à habitação era de 4,555%", realça a Direcção Regional de Estatística da Madeira.
Na nota de actualização que diz respeito a muitos madeireinses, divulgada esta manhã, diz a DREM que "o valor médio da prestação vencida para o conjunto dos contratos de crédito à habitação diminuiu 3 euros face ao mês anterior, para os 415 euros, tendo os juros se fixado nos 239 euros (menos 4 euros que o valor do mês anterior) e a amortização nos 176 euros (mais 1 euro que o valor do mês anterior). No mês homólogo, o valor médio da prestação vencida era de 404 euros".
Significando por isso que as taxas de juro continua a cobrar mais da prestação do que o valor do capital amortizado dos consumidores com crédito à habitação conseguem. Há precisamente 17 meses (desde Junho de 2023) que desconta-se mais das taxas do que do valor pedido à banca.
"Por sua vez, o montante do capital médio em dívida para os contratos de crédito à habitação aumentou pelo 18.º mês consecutivo, situando-se, em Outubro de 2024, nos 66.091 euros (65.848 euros em Setembro de 2024). Um ano antes era de 63.130 euros", diz a DREM Situação que deverá ser justificada pela continuação dos pedidos de crédito, mais altos por causa do preço inflacionado do mercado imobiliário.
"A nível nacional, e no conjunto dos contratos de crédito à habitação, a taxa de juro implícita desceu para 4,277%, menos 0,085 p.p. que no mês anterior. A prestação média vencida para a globalidade dos contratos manteve-se nos 404 euros, tendo o valor do capital médio em dívida crescido para os 67.692 euros (67.286 euros no mês precedente). No País, os juros desceram 3 euros face ao mês anterior para os 237 euros, enquanto o capital amortizado subiu 3 euros, para os 167 euros", realça a autoridade estatística regional.