Madeira com menor uso de antibióticos do que no resto do País
SESARAM assinala esta segunda-feira o Dia Europeu do Antibiótico com uma conferência
A responsável pela Unidade Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infecções e de Resistência aos Antimicrobianos (UL-PPCIRA) do Serviço de Saúde da Região (SESARAM) garante que, na Madeira, o uso de antibióticos é inferior ao verificado no continente, ainda assim reconhece haver trabalho a fazer na sensibilização para o uso adequado destes fármacos. Educar, defender e agir agora são palavras de ordem para Filipa Vicente, que realça a necessidade de uma acção concertada entre os diferentes actores sociais, desde a saúde à agricultura, de modo a combater os microorganismos resistentes aos antibióticos.
A médica patologista falava no âmbito do encontro que decorre na manhã desta segunda-feira, no Hospital Dr. Nélio Mendonça, para assinalar o Dia Europeu do Antibiótico, realçando que este menor uso contribui para que, na Região, existam menos resistências aos antimicrobianos.
Quanto ao dia que hoje se assinala, que, na verdade, se reveste de uma semana de iniciativas a nível mundial, tem por objectivo "sensibilizar a população, bem como os profissionais , de saúde ou não, incluindo médicos, veterinários e agricultores, para o uso indiscriminado dos antibióticos", salientando que o uso abusivo destes fármacos vai originar "uma sobrecarga e uma pressão muito grande que pode provocar resistências aos mesmos".
A médica patologista nota que o envelhecimento da população obriga ao maior uso de antibióticos, ainda assim tal uso não pode ser feito de forma abusiva.
Filipa Vicente reconhece, também, o aumento de bactérias multirresistentes na Madeira, aspecto que se evidenciou com a realização de um rastreio junto de uma população específica com factores de risco, seguindo as recomendações da Direcção-geral da Saúde.