Residências com falta de condições condignas e sobrelotadas pioram desde 2021
Vera Barros foi a primeira intervenientes nas Jornadas Parlamentar do JPP, que decorrem na ALRA, nesta manhã.
A economista e investigadora dá conta de uma melhoria geral, nas condições das habitações não convencionais (barras, roulottes…), mas ressalva que houve zonas onde pioraram, como como no Porto Santo e na Ribeira Brava.
A provação severa de habitação (por exemplo, infiltração, falta de casa de banho, duche..), houve um agravamento substancial, no País, entre 2020 e 2023, e a Região compara mal com a realidade nacional.
A sobrelotação é outro problema. Até 2021, a Região comparava bem com a realidade nacional, mas, desde então a Madeira piorou.
Sobre a segurança na habitação, Vera Barros lembrou que a permanência na habitação está, por regra associada à propriedade da habitação.
Neste aspecto, não há grandes diferenças com os demais países europeus. Só a Áustria, Alemanha e Suíça, são excepção.
Na Madeira, três quartos das habitações são habitadas pelos proprietários.
Sobre a habitação económica, a investigadora diz que os indicadores sugerem haver mais dificuldade em assegurar a habitação, porque o índice de preços é maior do que o de rendimentos.
No entanto, se olharmos a taxas de sobrecarga e medianas de despesa com habitação (taxa de esforço), concluímos que os tempos estiveram piores. Foi durante os períodos da Troika em Portugal.
A investigadora deu realce às características especiais do bem casa, que é duradouro e deve de ser analisado a longo prazo. Se os preços aumentam, o activo da maioria das famílias portuguesas também aumenta.
Não se deve de olhar unicamente aos preços. Estes são um problema para quem não está no mercado, com destaque para os jovens.