"A injustiça social é profunda e a pobreza cada vez mais dramática"
Na iniciativa desenvolvida pelo PCP no Funchal, esta manhã, junto ao Anadia Shopping, o coordenador regional, Edgar Silva, afirmou que "a injustiça social é profunda e a pobreza cada vez mais dramática, especialmente, pelo facto de na Região Autónoma da Madeira se praticarem as mais baixas reformas e as mais baixas pensões sociais de Portugal".
Dando expressão concreta ao sentimento de injustiça e às reivindicações dos reformados e pensionistas, disse Edgar Silva disse que "é motivo de grande indignação política verificar que a Madeira e o Porto Santo são os lugares do País onde os idosos e pensionistas sobrevivem com os mais baixos rendimentos".
E esta é uma das causas dos maiores índices de desigualdade social e dos mais graves indicadores da pobreza em Portugal". Edgar Silva
De acordo com Edgar Silva, "não há verdadeiro combate à pobreza sem aumento do valor das pensões e reformas". Por consequência, acrescentou, "deve constituir um instrumento de combate à pobreza a prioridade a dar à luta pelo aumento das pensões e das reformas, em particular, das reformas de miséria".
Um verdadeiro combate à pobreza passa, obrigatoriamente, pela valorização do rendimento das pessoas mais idosas". Edgar Silva
E acrescentou: "Deparamos com longos processos de pobreza estrutural, em resultado de um continuado agravamento das condições de vida da grande maioria dos reformados e pensionistas, colocando muitos deles em situação de pobreza, em resultado dos baixos valores das suas reformas".
Disse ainda ser "urgente inverter o caminho registado nos últimos anos, assente na continuada desvalorização dos montantes das pensões".
Segundo Edgar Silva, "os insuficientes aumentos das pensões e reformas e os impactos do aumento do custo dos bens e serviços essenciais continuam a ser determinantes para a situação dramática em que muitos reformados e pensionistas vivem, impondo instabilidade e sacrifícios aos que auferem baixos valores das pensões e aumentando as situações de pobreza da maioria dos reformados e pensionistas cujos valores das suas pensões continuam a desvalorizar".
E concluiu: "Através desta campanha que estamos a desencadear, assumimos a importância e a justiça do aumento que propõe no combate à pobreza entre idosos e no direito a uma pensão revalorizada para todos os reformados e pensionistas".