JPP afirma que os "madeirenses têm vergonha deste Governo corrupto"
O secretário-geral do JPP criticou, esta manhã, aquilo que considera ser "digno de ombrear com o regime de partido único da Coreia do Norte”. Em causa está o adiamento da discussão da Moção de Censura ao Governo Regional, aprovado pelo PSD/CDS e a “mãozinha” do PS.
Élvio Sousa considera que "este governo está em fim de linha, está moribundo, e para se salvar deita mão a tudo o que pode, é capaz de violar todas as normas, de cometer as maiores ilegalidades, com a ajuda do CDS e do presidente da Assembleia, para permanecer como uma lapa agarrado ao poder".
O líder do partido fez ainda questão de lembrar que, desde Janeiro, com a mega-operação levada a cabo pela Polícia Judiciária, a situação política regional “está num limbo”, havendo suspeitas da “prática de crimes de corrupção ativa e passiva, participação económica em negócio, prevaricação, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, abuso de poderes e tráfico de influência”.
“Este Governo está em fim de linha, tem cinco membros envoltos e suspeitos de casos gravíssimos de corrupção, envolvendo desvios de dinheiro dos madeirenses para pagamento de campanhas eleitorais do PSD, para obras em casas de secretários e enriquecimento pessoal. Está na altura de mostrar aos madeirenses todas esses casos. Albuquerque está em fim de linha, está agarrado aos Donos Disto Tudo (DDT) e ao estatuto de imunidade, uma das maiores vergonhas da sua cobardia. Élvio Sousa
O deputado do JPP considera que "o PSD é o maior factor de instabilidade regional, não tem resolvido um único problema dos madeirenses, pelo contrário tudo se tem agravado, com é o caso da habitação e do custo de vida". “Albuquerque é responsável pela maior fuga de jovens da Região”, prosseguiu Élvio Sousa. “Pelo drama e falta de oportunidades na aquisição de uma casa a preços acessíveis, pois passa a vida a promover habitação de luxo; abandonou os agricultores e os pastores à sua sorte, após ter prometido aumentar os seus rendimentos; prometeu um Ferry para libertar a Madeira dos monopólios mas vendeu-se aos DDT; empobreceu a classe média e os trabalhadores; prometeu o barco em Janeiro para o Porto Santo e falhou; prometeu baixar as listas de espera na saúde e garantir direitos no acesso aos atos clínicos e é o maior responsável pelo aumento, actualmente com mais 92 mil referenciações”.
Élvio Sousa acrescenta que o PSD e Albuquerque, com a ajuda do CDS, “instalaram na sociedade madeirense uma espécie de fatalidade, ou eles ou o caos”. Concede que “os madeirenses têm hoje vergonha deste Governo sujo com casos de corrupção, não esquecem o comportamento de Albuquerque e de Pedro Ramos durante os incêndios, quando os abandonaram à sua sorte para retomarem as suas férias, enquanto a Madeira ainda ardia”, recorda.
Para terminar, o líder do JPP considera que o adiamento da discussão da moção foi "um verdadeiro golpe de Estado na Região, onde um PSD moribundo, com a ajuda de outro PS moribundo, adiaram ilegalmente uma Moção de Censura a seu bel-prazer, numa espécie de terra sem lei e ao estilo de um regime de partido único norte-coreano”.