Governo Regional viu-se ‘obrigado’ a proteger o bolo de mel da Madeira há 33 anos
Recorde a edição de 15 de Novembro de 1991, neste ‘Canal Memória’
Até parecia estar ‘na moda’ a falsificação de produto madeirense há cerca de 33 anos. Como o DIÁRIO já tinha recordado, o Bordado Madeira estava a ser falsificado e urgia uma resposta por parte das autoridades regionais, em 1991. A verdade é que também o bolo de mel estava em risco.
A venda e procura por Bolo de Mel da Madeira estava a decrescer e, por isso, o Governo Regional viu-se obrigado a intervir, através de uma portaria que obrigava a confeção deste produto com outro produto madeirense: o mel-de-cana. Aliás, o decréscimo na qualidade do Bolo de Mel estaria relacionado com o recurso a melaço.
“No fabrico do produto apenas é autorizada a incorporação de mel de cana-de-açúcar exclusivamente produzido na Região, que resulte unicamente de clarificação, depuração e concentração de garapas de cana sacarina em que parte da sacarose é invertida para produzir produtos de alta solubilidade de açúcares, estável, e por isso livre de cristalização”, indicava.
O melaço era sobretudo importado da África do Sul, mas também de países da América Central. Este produto acabava por ser mais barato do que o madeirense.