Madeira mal colocada entre as regiões onde melhor se fala inglês
Portugal é o 6.º país onde melhor se fala Inglês, Madeira é a 7.ª região do país e Funchal nem no top10 aparece
Portugal é "o sexto país do mundo onde melhor se fala Inglês e Braga é a cidade portuguesa com a melhor proficiência", anuncia uma nota de imprensa sobre os dados são do relatório EF English Proficiency Index (EF EPI), que analisa dados de mais de 2,1 milhões de falantes não nativos de inglês, em 116 países e regiões". Nesse ranking, Funchal, capital cosmopolita e com longa tradição de receber estrangeiros, nomeadamente turistas, a começar nos britânicos, fica fora de qualquer ranking e a Madeira, a nível nacional, ocupa apenas a 7.ª posição.
Ainda que empatados em pontos (615) com Lisboa e à frente do Porto (614), as duas principais regiões em termos de dimensão, a Madeira fica bem à frente do distrito de Faro, por exemplo, uma das principais zonas de concentração de estrangeiros, nomeadamente ingleses, em Portugal. Portanto, o ranking é pouco abonatório, mas olhando ao panorama, até parecemos estar bem colocados.
"Engane-se quem pense que para aprender uma língua tem de se ser jovem e estar numa sala de aula. Os dados da EF para o nosso País revelam uma nova tendência entre os portugueses com mais de 50 anos: viajar para o estrangeiro para aprender Inglês", salienta o estudo.
"A pessoa com mais idade a viajar com a EF para aprender inglês, em 2024, foi uma senhora com 85 anos. Tivemos também um casal com mais de oitenta anos em que foram os dois. No geral, os alunos com mais de 50 anos ou viajam sozinhos ou em grupo de amigas. Há pessoas que preferem ir para Londres, outras para Malta, outras para Roma, outras para Nova Iorque… Esta nova realidade pode ser explicada pela vontade crescente dos portugueses de viver novas experiências e investir em seu desenvolvimento pessoal." Constança Oliveira e Sousa, diretora da EF em Portugal
"Segundo a escola de línguas, a procura por programas de estudo de inglês entre adultos acima dos 50 anos tem aumentado de forma significativa nos últimos anos, em Portugal", sendo que "no ano passado, 4% dos alunos interessados estavam nesta faixa etária, enquanto em 2018, antes da pandemia, representavam muito menos. Esse crescimento contínuo representa um aumento de 152% desde 2018 e de 33% em relação ao ano anterior", destaca a responsável.
Continua o estudo que "a nova tendência tem levado cada vez mais adultos a embarcar em aventuras de estudo no estrangeiro, aproveitando programas especializados que combinam aulas de inglês com imersão cultural", e para "ajudar os alunos a aprender uma nova língua, destinos como Berlim oferecem tours por cervejarias e visitas culturais a museus, enquanto em Nova Iorque as atividades incluem desde um tour por Sleepy Hollow a uma aula prática de culinária. Em Seul, os estudantes mais aventureiros podem experimentar o tradicional Hanbok no Palácio de Gyeongbok e degustar o autêntico vinho de arroz Makgeolli. Em Londres pode aprender inglês enquanto bebe um chá, enquanto em Manchester pode participar num 'pub quiz'", exemplifica.
Aliás, garante, "três milhares de portugueses com mais de 50 anos contactaram em 2024 a EF para uma experiência de aprendizagem de inglês no estrangeiro. Esse aumento de interesse reflete-se diretamente nos números de matrículas" e no "ano lectivo de 2025, que começou recentemente em Outubro, já aponta para uma procura ainda mais forte, com um crescimento de 17% no interesse em relação ao ano anterior. 'Estes resultados sublinham a importância crescente dos programas de estudo de inglês para a faixa etária acima dos 50 anos, um mercado que está a expandir-se e a ganhar cada vez mais relevância no setor de educação internacional'", refere Constança, citada.
Sobre os resultados globais, "em Portugal, os adultos de 21 a 30 anos são os que melhor dominam a língua inglesa, enquanto a proficiência entre os adultos com mais de 41 anos registou uma ligeira descida, em 2024, segundo dados do, lançado esta semana".
Este relatório anual de proficiência em inglês "revela uma tendência global de queda na proficiência em inglês a nível mundial, destacando lacunas especialmente entre homens e jovens adultos. Porém, no cenário mundial, Portugal aparece como um caso de exceção ao alcançar uma nova posição recorde no índice deste ano".
Assim, "Braga é a cidade e o distrito onde melhor se fala o inglês. A capital do Minho recebe pela primeira vez esta dupla distinção, depois de o ano passado ter ficado no segundo lugar, atrás de Coimbra. A cidade dos estudantes ocupa este ano o segundo lugar, seguida de Lisboa, que este ano regressa ao top três das cidades portuguesas onde melhor se fala Inglês".
Portugal ocupa o 6.º lugar no ranking mundial de proficiência em inglês, evidenciando o compromisso nacional com o domínio do inglês. Um feito que representa o melhor desempenho do país no Índice de Proficiência em Inglês (EF EPI), e que mostra um padrão contínuo de aprendizagem entre os portugueses.
No ranking mundial, Países Baixos, Noruega, Singapura, Suécia e Croácia são os países à frente de Portugal.