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Assembleia Legislativa Madeira

"O que aconteceu hoje na Assembleia foi um atentado ao Estado de Direito"

PAN Madeira considera "lamentável" os deputados terem votado em "algo que não devia ter sido votado"

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A Comissão Política do PAN Madeira deliberou sobre o que ocorreu na Assembleia Legislativa Regional e a porta-voz do partido, Mónica Freitas considera que é "lamentável", pois "votou-se em algo que não devia ter sido votado".

O partido, através de comunicado, esclarece que um requerimento oral apresentado pelo PSD esteve na origem do "caos" instaurado na Assembleia Legislativa da Madeira.

Levantou-se a questão na conferência dos partidos de se poder deliberar sobre a data para discussão da moção de censura. Aproveitou-se uma omissão no Estatuto Político-Administrativo quanto a prazos máximos para a discussão da moção induzindo em erro. O regimento no entanto refere que a moção tem de ser discutida ao 8° dia e nem um dia mais. Mas o Presidente nem pediu pareceres, nem no dia seguinte percebendo a irregularidade que estaríamos a cometer, teve o discernimento de travar tamanha vergonha. Em vez disso, mesmo com a contestação de vários partidos, avançou com a votação de algo que não devia ter sido votado, e ignorando por completo o regimento Mónica Freitas, PAN Madeira

A deputada única do PAN, Mónica Freitas questionou hoje em Plenário o Presidente da Assembleia sobre o sentido de colocar a votação uma irregularidade, atendendo que o próprio admitiu levantar questões jurídicas. Ainda assim, foi colocado a votação e aprovado pelo PSD, CDS e com a abstenção do PS.

"O Presidente da Assembleia coloca a votação, ironicamente absteve-se e só depois coloca à votação o recurso do Chega e ainda presta esclarecimentos à saída a dizer que ainda há questões jurídicas que se levantam sobre aquela decisão. Isto é inadmissível em qualquer parlamento que se preze. Um Presidente tem responsabilidades extras, não é um simples deputado e tem que ser, acima de tudo, isento e garantir o cumprimento do regimento que regula o funcionamento da Assembleia", afirmou a deputada.

O Partido considera também que "o PS não demonstrou estar à altura" do momento e que perante a posição que tomou, "assumiu plena responsabilidade em viabilizar o orçamento". 

Nós acreditamos que se a principal razão que levou o PS a aprovar o requerimento do PSD para adiamento da moção, contra o regimento e os restantes partidos, foi por causa do orçamento é sinal que os mesmos estão disponíveis para viabilizar o mesmo. Não vale a pena tentarem sacudir a água do capote e apontar o dedo aos outros Mónica Freitas, PAN Madeira

O PAN Madeira sublinha que não se revê no que hoje foi feito na Assembleia e considera que o que se fez "foi um atentado ao Estado de Direito".

"Não vale tudo para adiar o inadiável. Não podemos colocar em causa a credibilidade das instituições em prol de um Presidente que não percebe que o seu projeto chegou ao fim. A responsabilidade de resolver isto é do PSD e do PS enquanto os 2 maiores partidos da Região", finaliza a deputada.