Carlos Pereira questiona “táctica algo injustificável” do PS-Madeira
“É difícil entender onde e como pode surgir uma alternativa sólida e de confiança”, questiona o deputado do PS
O socialista Carlos Pereira volta a tecer críticas à liderança do PS-Madeira, a quem acusa de não seguir as regras da democracia, isto a propósito do adiamento da discussão da moção de censura do Chega ao executivo regional liderado por Miguel Albuquerque.
“O cumprimento das regras é umas das peças fundamentais para a salvaguarda da democracia. Cumprir sempre, mesmo que aparentemente não dê muito jeito, a uma determinada maioria, não devia ser negociável. Não está sequer previsto que seja! É esse o cimento que dá aos cidadãos a confiança que torna a democracia um dos sistemas mais poderosos para promover o estado de direito, a liberdade de opinião e expressão política e, não menos importante, a alternância de poder de acordo com o interesse dos cidadãos”, refere o também deputado à Assembleia da República.
Carlos Pereira explica que a direcção do PS-M não prestou um bom serviço à Região Autónoma da Madeira quando ignorou tudo isto e assentou a sua actuação numa espécie de táctica algo injustificável. “Se a ideia é não dar nenhum argumento para a queda do governo então falhou o caminho: falhou quando foi a reboque do Chega recusando apresentar uma moção de censura própria e falha agora quando não se opõe à violação das regras”.
E mais, aponta o parlamentar: pelo que se sabe o PS-M votará contra o orçamento pelo que ainda se torna mais incompreensível insistir na discussão do orçamento. Sobretudo num quadro de violação da lei. (…) Nesta deambulação infernal, mas sobretudo incompreensível é difícil entender onde e como pode surgir uma alternativa sólida e de confiança”, questiona.