Francisco Gomes afirma que "compensa mais ser bandido do que oficial de Justiça"
Francisco Gomes acusou a ministra da Justiça de falta de empenho na melhoria das condições de trabalho nos tribunais da Região. O deputado eleito pelo CH à Assembleia da República classificou este assunto como “sério e urgente”. "Nas regiões autónomas, mais vale ser bandido do que oficial de Justiça. Por isso, o que exigimos é que o seu governo assuma as responsabilidades que lhe competem e pare de brincar com a cara dos madeirenses", considerou.
O deputado quis saber se as bancadas do PSD e do CDS, que suportam o actual governo, vão votar a favor de uma iniciativa já submetida pelo CH, que prevê a criação de um subsídio de insularidade para os oficiais de Justiça que trabalham regiões autónomas.
"Os espaços onde se pretende exercer a Justiça estão desprovidos de dignidade, o que é reprovável, pois cada tribunal em mau estado representa um desrespeito para com a essência da Justiça, para com os que trabalham no sistema judicial e para com os cidadãos que a ele recorrem", disse Francisco Gomes.
Assim, as críticas vão para o Governo da República por não encarar a recuperação dos tribunais nas regiões autónomas e a melhoria das condições de trabalho dos oficiais da Justiça que lá estão sedeados com a prioridade que merecem. Aliás, o parlamentar afirma que o governo do PSD está mais interessado em assuntos que não têm significado no contexto da sociedade portuguesa.
Temos um governo que não poupa quando toca à doutrinação infantil, aos apoios à agenda globalista, ao financiamento das organizações gay e às viagens dos ministros. E estas tristes prioridades mostram que o executivo não passa de uma versão trasvestida do socialismo de tão má memória. Francisco Gomes
A concluir, Francisco Gomes argumentou com a ministra que a Justiça não precisa de demagogia, nem discursos vazios, mas de ação e trabalho. Ainda, sublinhou que, a seu ver, é “ridículo” que as prisões estejam em melhor estado do que os tribunais e que os reclusos estejam mais bem acomodados que os oficiais de Justiça.