Emoção, emissão, missão e omissão
Quando mantemos a emoção (agitação popular) que criamos à volta duma qualquer situação, achamo-nos capazes de avaliar o porque deste estado emocional em relação ao caso. Isto a propósito da decisão da aprovação da proposta duma moção de censura ao governo do PSD-Madeira liderado por Miguel Albuquerque e viabilizado por quem se auto intitulava de combatentes da corrupção e do compadrio, que a Madeira tinha de mudar e que em última instância afirmariam que com Miguel Albuquerque não é não. A emissão (Ato ou efeito de emitir) dessa proposta vem em zig zag sendo posta em causa ora porque a direção regional aguarda uma resolução da evolução das (suspeitas de corrupção), mesmo que a Direção Nacional sugira a apresentação da dita proposta de moção de censura. A missão (encargo, incumbência desempenho de um dever) que a todos se propunha seria o concluir dos princípios pelos quais 12.500 eleitores confiaram o seu voto daí que a omissão desses princípios pôs em causa toda e qualquer credibilidade conquistada ao longo dum curto período de vida dum partido que tinha tudo para ser a esperança de mais de 125 mil madeirenses abstencionistas que já não acreditam neste modelo de democracia onde a corrupção e o compadrio parece ter sido definitivamente a fórmula encontrada para perpetuar uma forma de governação que em nada dignifica aquilo que poderíamos continuar a designar de democracia. Porque a omissão (Ausência de ação ou reação, inércia) das razões pelas quais tudo se manterá tal qual como está, leva a que os madeirenses e Porto-Santenses continuarem a afirma que já CHEGA de demagogia, hipocrisia, injustiça, oportunismo e sobre tudo de traição aos princípios pelos quais muitos estamos esperançados em que não morreu a oportunidade, apenas aguarda pela submissão aos valores e princípios que muitos de nós continuamos a acreditar e a defender. Na eminência da possível dissolução do governo e novas eleições, ou eventualmente da demissão do seu líder e possível substituição da equipa, qual destas soluções chega para resolver esta confusão política gerada pela falta de coragem, irresponsabilidade e incoerência. Porque há quem continue a achar que a política é assim, mas política para o cidadão comum que sofre com este modelo, a política não é nada disto.
A.J. Ferreira