Nova Cooperativa de Habitação criada na Madeira
Pedro Paixão é o presidente da direcção da ATLANTIDOMUS
A Região Autónoma da Madeira tem uma nova Cooperativa de Habitação. Criada em Outubro deste ano, a ATLANTIDOMUS – Cooperativa de Habitação Económica Atlântica CRL pretende ser "uma resposta inovadora e estruturada aos desafios habitacionais que afectam a classe média da Madeira".
Em nota emitida, a entidade afirma que "num contexto onde o mercado imobiliário impõe sérias barreiras de acesso, a ATLANTIDOMUS compromete-se a garantir habitação de qualidade a preços justos, adequados às capacidades financeiras das famílias madeirenses".
A Direcção da ATLANTIDOMUS é composta por Pedro Paixão (presidente), Thiago Gomes (vice-presidente), Catarina Teixeira Correia (tesoureira), Licínia Jesus (1.ª secretária) e Carlota Freitas (2.ª secretária). A Assembleia Geral conta com João Machado (presidente), Elsa Fernandes (vice-presidente), e Rui Barreto (secretário). O Conselho Fiscal é liderado por Nuno Borges (presidente), com Pedro Gouveia (vice-presidente) e Denise Nunes (secretária).
Missão e Estratégias
Com uma visão orientada para o futuro, a ATLANTIDOMUS tem como missão possibilitar o acesso a uma habitação digna e sustentável, assente nos valores de solidariedade, transparência e responsabilidade social. Esta visão será alcançada através de parcerias estratégicas e de uma gestão colaborativa com os cooperados. A cooperativa irá desenvolver projetos habitacionais acessíveis que respeitam as particularidades do território e as necessidades da classe média. “Estamos determinados a fazer a diferença com projetos habitacionais inclusivos e de alta qualidade, oferecendo uma oportunidade real de aquisição de imóveis abaixo dos preços de mercado, sempre com foco na sustentabilidade e no desenvolvimento comunitário. É com esta determinação que temos como objetivo entregar os primeiros 60 fogos até ao final de 2026.” destaca Pedro Paixão.
A classe média enfrenta um cenário habitacional cada vez mais desafiante, em que os custos elevados da habitação comprometem a estabilidade financeira e o planeamento familiar. As dificuldades desta classe no acesso à habitação devem-se a um conjunto de fatores conjunturais e estruturais que têm afetado significativamente este segmento da população. Entre as principais razões estão o aumento exponencial dos preços imobiliários, a estagnação salarial em relação ao custo de vida, o acesso limitado ao crédito habitação, a concorrência com investidores externos, e a falta de políticas habitacionais para a classe média, pelo que as políticas públicas de habitação concentram-se nos extremos socioeconómicos, com apoios significativos para populações vulneráveis, mas com escassas soluções para a classe média, que também enfrenta desafios de acesso. ATLANTIDOMUS
Já a partir deste mês, a ATLANTIDOMUS irá iniciar uma série de reuniões com entidades governamentais e autarquias locais para compreender melhor as necessidades habitacionais e definir como a cooperativa poderá ajudar a colmatar estas carências. Este diálogo permitirá "alinhar os projetos da cooperativa com os objetivos das políticas públicas, promovendo um impacto duradouro e benéfico de toda a comunidade".