SESARAM alerta para surto de impétigo na Madeira
A Unidade de Saúde Pública do SESARAM alerta para o surto de impétigo na Madeira.
De acordo com a RTP-Madeira, existem 11 casos suspeitos, dos quais sete foram confirmados pelo SESARAM.
Trata-se de "uma doença infecciosa que tem sido detectada em alguns atletas" e, por isso, deixa um rol de recomendações que devem ser adoptadas nos espaços de prática desportiva, por forma a evitar a ocorrência de mais casos secundários.
O que é o impétigo?
O impétigo é uma infecção da pele, causada por bactérias que vivem habitualmente na nossa pele. Pode ocorrer quando já existe uma lesão na pele, como picadas de insectos, cortes, arranhões ou eczema. Pode ocorrer em qualquer idade.
Quais são os sintomas?
Caracteriza-se por lesões vermelhas na pele, que podem abrir e libertar líquido, formando uma crosta amarelada. As lesões podem causar dor ou comichão. Com menor frequência, pode haver bolhas, febre ou mal-estar. Coçar as lesões pode fazer com que estas surjam noutras partes do corpo.
Como se transmite?
Trata-se uma infecção frequentemente ligeira, mas contagiosa. A transmissão ocorre pelo contacto directo com as lesões ou contacto com outros objectos como roupas, bolas de desporto, bancos, etc que possam estar infectados com essa bactéria.
Tratamento:
O tratamento faz-se através da toma de antibiótico e/ou utilização de pomada, sendo que o doente deixa de ser infeccioso 48h após o início do antibiótico adequado. Sem tratamento antibiótico, considera-se que as lesões deixam de ser contagiosas quando secam e ficam cobertas com crosta.
Doença de Evicção Escolar
O impétigo é uma doença de evicção escolar obrigatória (Decreto Regulamentar n.º 3/95 de 27 deJjaneiro), ou seja, todos os alunos, docentes e não docentes devem ser temporariamente afastados do ambiente escolar até completarem 48h de antibioterapia ou até todas as lesões criarem crosta. A declaração de afastamento é emitida pela Autoridade de Saúde local.
Devem também ser afastados de outras actividades como actividades não lectivas e desporto colectivo.
Medidas Preventivas
Os jovens ou adultos com lesões suspeitas devem ser observadas pelo seu médico assistente e seguir a orientação médica. Se diagnosticados com impétigo, só podem regressar à escola se: completarem 48h de antibiótico; ou as lesões apresentarem crosta.
Durante as primeiras 48h do tratamento devem permanecer em casa. Jovens/adultos ou famílias sem sintomas, mas que tiveram contacto directo com a pessoa com impétigo, devem estar atentos ao aparecimento de sintomas.
Tendo como objectivo e controlo e quebra da cadeia de transmissão, seguem as seguintes recomendações:
Recomendações para a escola e clubes desportivos:
Manter o ambiente escolar sempre bem arejado;
Reforçar as medidas de higiene e desinfecção diárias, dando particular atenção aos manípulos das portas e torneiras, corrimãos, dispositivos de descarga de autoclismo, mesas e objectos desportivo (bolas, colchões, outros equipamentos)
Reforçar as medidas de higiene e desinfeccção diárias nos balneários;
Evitar a partilha de materiais entre alunos;
Promover a lavagem frequentemente das mãos com água e sabão;
Promover que qualquer ferida aberta esteja protegida com penso;
Qualquer caso suspeito de impétigo deve ser encaminhado ao médico assistente para diagnóstico e orientações.
Recomendações no domicílio para as pessoas com impetigo:
Evitar o contacto próximo/físico com outras pessoas;
Manter as lesões secas e limpas;
Não coçar as lesões e manter as unhas curtas para evitar mais lesões (as tesouras/corta-unhas devem ser lavados e desinfetados após cada utilização);
Lavar as mãos com frequência;
Não partilhar roupas, lençóis e toalhas, que devem ser trocados diariamente e lavados a 60ºC;
Não partilhar brinquedos e lavá-los com detergente e água quente;
Limpar superfícies em que a pessoa com impétigo tenha tocado, como bancadas e maçanetas.
Em caso de prescrição de antibiótico para por nas lesões, limpar previamente as lesões com água morna, não encostar o tubo diretamente nas lesões e lavar as mãos antes e depois da aplicação.
Uma vez que novos casos podem aparecer até 10 dias do último contacto com um caso de doença, é expectável que outros casos possam surgir nos próximos dias.
Qualquer novo caso deve ser informado para ajuste de medidas, se necessário.