Trump indica amigo próximo para liderar agência de ambiente e garantir "desregulações rápidas"
O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou esta segunda-feira a nomeação de Lee Zeldin, um dos seus amigos mais próximos e antigo representante do Estado de Nova Iorque, para dirigir a Agência de Proteção Ambiental (EPA).
"Vai garantir que são tomadas decisões de desregulação rápidas e justas que impulsionarão a força das empresas americanas, mantendo ao mesmo tempo os mais elevados padrões ambientais", justificou o futuro Presidente republicano.
Em reação, Zeldin disse estar "honrado" por se juntar ao executivo de Trump.
"Restauraremos a predominância energética dos Estados Unidos, revitalizaremos a nossa indústria automóvel para trazer de volta empregos aos americanos e tornaremos os Estados Unidos no líder mundial em inteligência artificial, preservando ao mesmo tempo o acesso à água potável e ao ar limpo", escreveu na sua conta na rede X.
Sob o mandato presidencial do democrata Joe Biden, a EPA anunciou nos últimos quatro anos novas normas, muito mais rigorosas, para limitar as emissões de CO2 dos automóveis e das centrais elétricas a carvão.
Vencedor nas eleições presidenciais realizadas na terça-feira, Donald Trump vai tomar posse em 20 de janeiro, mas está a avançar rapidamente na formação da sua futura administração.
Trump indicou igualmente que vai nomear o conselheiro de longa data Stephen Miller, figura da linha dura sobre imigração, para diretor-adjunto de política interna no seu futuro executivo.
Miller foi conselheiro principal no primeiro mandato de Trump na Casa Branca (2017-2021) e tem sido uma figura central em muitas das suas decisões políticas, nomeadamente na separação de famílias de imigrantes como estratégia de um programa de dissuasão de imigração ilegal, em 2018, e tem ajudado a elaborar muitos dos seus discursos e dos seus planos mais radicais.
Desde que Trump terminou o seu primeiro mandato, Miller tem desempenhado as funções de presidente da America First Legal, uma organização de ex-assessores do líder republicano formada como uma versão conservadora da União Americana pelas Liberdades Civis, desafiando a administração de Joe Biden, empresas de comunicação social, universidades e outras organizações sobre questões sociais, como liberdade e direitos civis.
Anteriormente, Trump já tinha anunciado que vai nomear como "czar das fronteiras" Tom Homan, antigo responsável pela imigração no seu primeiro mandato.
Homan foi diretor interino da agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE, na sigla em inglês) entre janeiro de 2017 e junho de 2018.
"Tenho o prazer de anunciar que o antigo diretor da ICE e um bastião do controlo das fronteiras, Tom Homan, se juntará à administração Trump, responsável pelas fronteiras da nossa nação", escreveu na noite de domingo o republicano.
Além de supervisionar as fronteiras sul e norte e "a segurança marítima e aérea", Trump disse que Homan "será responsável por todas as deportações de estrangeiros ilegais de volta para o país de origem".
O Presidente eleito, de 78 anos, prometeu lançar, no primeiro dia do segundo mandato, a maior operação de deportação de migrantes ilegais da história dos Estados Unidos.
Homan foi o segundo nome anunciado para a futura administração, depois de Susie Wiles, a arquiteta da campanha vitoriosa do republicano, para chefe do gabinete presidencial.