Café: um estimulante ou uma dor de cabeça?
São muitos os madeirenses dependentes do café. Há quem diga que é um estimulante para começar o dia, uma fonte de energia ou até mesmo um hábito, pois um ‘cafezinho’ cai sempre bem a qualquer hora, apesar de haver quem o evite à noite para não passá-la em claro.
Há quem opte por um ‘garoto’, uma bica ou até mesmo um galão, o importante é mesmo ter cafeína. Mas será que o café faz realmente bem à saúde?
Como todas as coisas, existem benefícios, mas há também malefícios. A estratégia é que o consumo seja moderado.
Segundo a Deco Proteste, o consumo moderado de cafeína diminui o cansaço e a sensação de fadiga e melhora a capacidade de concentração e do estado de alerta, por exemplo.
“No entanto, apesar de estes efeitos serem comummente relacionados com a cafeína, ainda não existem alegações de saúde autorizadas pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA, do nome em inglês European Food Safety Authority) para esta substância”, esclarece.
Com base na mesma análise, a Deco Proteste confirma que “a ingestão diária de dois ou três cafés não tem efeitos negativos”. Contudo, lembra que a sensibilidade à cafeína varia muito de pessoa para pessoa e deixa algumas dicas consideradas seguras pela Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA): até 400 mg (6 mg por quilo de peso corporal) de cafeína ao longo do dia para um adulto saudável; até 200 mg (3 mg por quilo de peso corporal) ao longo do dia para mulheres grávidas e a amamentar; desaconselha-se o consumo de cafeína a crianças e adolescentes.
“É importante lembrar que a cafeína não provém apenas do café. O cálculo deve ter em conta todas as fontes de cafeína ingeridas ao longo do dia. Pode acontecer até nem saber que está a consumir cafeína (num medicamento, por exemplo). No caso do café, a quantidade varia muito em função do tipo de grão de café. A variedade robusta tem cerca do dobro da cafeína da arábica”, informa a Deco Proteste.
A verdade é que o café também pode ter alguns efeitos indesejáveis para algumas pessoas. A cafeína pode contribuir para a estimulação do sistema nervoso central, aumento da frequência cardíaca, ansiedade, tremores, insónias, contracção dos músculos em redor dos vasos sanguíneos do cérebro (com efeitos benéficos em episódios de enxaqueca), estimulação do músculo esquelético e da respiração e para o aumento da secreção gástrica.
Além disso, a Deco Proteste alerta que quem sofre de doenças cardiovasculares graves ou insónia deve evitar o consumo de cafeína. Deve também ser reduzido em caso de úlceras gástricas ou epilepsia e os hipertensos devem limitar o consumo de cafeína, uma vez que a ingestão desta substância origina um aumento da pressão arterial num curto período após a ingestão (motivo pelo qual deve aguardar pelo menos 30 minutos para medir a pressão arterial após ingerir um alimento com cafeína).