Rússia diz ter abatido 70 drones ucranianos, metade na região de Moscovo
O Ministério da Defesa russo anunciou ter abatido hoje um total de "70 drones ucranianos", quase metade dos quais na região de Moscovo, no maior ataque à capital desde o início do conflito em 2022.
Numa nota publicada no Telegram, o exército russo avança que, além de 34 drones perto da capital, foram neutralizados drones nas regiões limítrofes de Kaluga (sete) e Tula (dois) e em três regiões fronteiriças com a Ucrânia: Bryansk (14), Oriol (sete) e Kursk (seis).
De acordo com o comando russo, os drones foram abatidos pela defesa aérea entre as 07:00 e as 10:00 desta manhã (04:00-07:00 em Lisboa).
Após o fim do alerta aéreo, a Rosaviatsia, a agência federal russa para a aviação civil, anunciou que os aeroportos de Domodedovo, Zhukovsky e Sheremetyevo retomaram as operações.
De acordo com a agência federal, 36 voos para estes destinos foram desviados durante os ataques de drones.
Anteriormente, o presidente da Câmara de Moscovo, Sergey Sobyanin, tinha já avançado que as forças antiaéreas do exército russo tinham repelido um ataque com pelo menos 32 drones que se dirigiam para a capital russa.
"Até agora, 32 drones que voavam em direção a Moscovo foram abatidos", disse o autarca no Telegram.
De acordo com a agência espanhola EFE, começaram a ouvir-se explosões por volta das 08:30 (05:30 em Portugal) a sul da capital russa, em resultado do fogo antiaéreo e do impacto nos drones.
Os drones foram abatidos sobre os bairros de Ramenskoe, Domodedovo e KoSFlomna e obrigaram ao encerramento temporário do aeroporto internacional de Domodedovo e do aeródromo militar e civil de Zhukovsky.
O canal de telegrama Baza publicou vários vídeos de drones e informou que duas casas na aldeia de Stanovoe, no distrito de Ramenskoe, se incendiaram após a queda de fragmentos, que também danificaram um carro e feriram uma pessoa.
O aeroporto internacional de Sheremetyevo, a norte da capital, também limitou as suas operações.