Sobe para 52 número de mortos no Líbano e 84 no norte de Gaza
O número de mortos resultantes de bombardeamentos israelitas no nordeste do Líbano subiu para 52, enquanto ataques de Israel a dois edifícios no norte de Gaza provocaram a morte a 84 pessoas, das quais mais de 50 crianças, segundo fontes locais.
As autoridades libanesas reviram em alta o número de mortos nos bombardeamentos israelitas no nordeste do país para pelo menos 52, com os ataques aéreos a atingirem aldeias rurais que tinham sido anteriormente poupadas ao pior da intensa campanha aérea de Israel contra o Hezbollah.
Segundo relatos dos media locais que citam o Ministério da Saúde libanês, os ataques israelitas desta sexta-feira na região de Baalbek-Hermel mataram 52 pessoas e feriram 72. As cidades bombardeadas foram Amhaz, Younin e Harbata.
Anteriormente, o governador de Baalbek, Bachir Khodr, relatou ataques aéreos em nove aldeias no nordeste, matando hoje 41 pessoas, mais 17 mortes do que o anteriormente relatado pela Agência Nacional de Notícias do Líbano.
A agência de notícias estatal NNA noticiou, separadamente, mais quatro pessoas mortas na pequena aldeia agrícola de Ollak, também no Vale do Bekaa - uma zona rural de olivais e vinhas situada entre as duas cadeias de montanhas do Líbano onde o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irão, tem um apoio significativo.
Os militares israelitas afirmaram que a sua operação no Líbano tem como alvo as infraestruturas militares do Hezbollah.
Entretanto, dois ataques do exército israelita contra dois edifícios residenciais no norte de Gaza fizeram 84 mortos, incluindo mais de 50 crianças, e cerca de 186 feridos, segundo as autoridades de Gaza.
O Gabinete de Comunicações do Governo de Gaza, controlado pelo grupo islâmico Hamas, descreveu o ataque como um "massacre" porque na zona "não há equipas de defesa civil, equipamento médico ou outros serviços de socorro disponíveis", segundo o texto noticiado pela Al Jazeera.
Há 27 dias que o Exército israelita mantém um intenso cerco militar na zona norte de Gaza, que se conjuga com uma intensa campanha de bombardeamentos e incursões terrestres.
O texto publicado, que não especifica o local exato do ataque, instava a comunidade internacional a "cumprir a sua obrigação de proteger os civis", ao mesmo tempo que culpava "Israel e os seus aliados -- os Estados Unidos, a França, o Reino Unido e a Alemanha -- do genocídio" em curso em Gaza.
Desde o ataque do Hamas a Israel no ano passado, o Hezbollah tem disparado milhares de foguetes, drones e mísseis contra Israel, provocando ferozes ataques de retaliação israelitas. Tanto o Hezbollah como o Hamas são apoiados pelo Irão, o adversário regional de Israel.
A ofensiva violenta de Israel na Faixa de Gaza já matou mais de 43.000 palestinianos desde 07 de outubro de 2023, segundo as autoridades sanitárias de Gaza, que não fazem distinção entre civis e combatentes. Segundo estas, mais de metade dos mortos são mulheres e crianças.
Israel começou a bombardear a Faixa de Gaza após o ataque do Hamas a Israel, quando os militantes mataram cerca de 1.200 pessoas e levaram cerca de 250 reféns para Gaza.