Trump acusa Washington Post e canal CBS de apoios "ilegais" a Kamala Harris
A campanha do ex-Presidente e candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje que denunciou o jornal The Washington Post por supostamente apoiar Kamala Harris, um dia depois de processar o canal CBS por motivos semelhantes.
Numa breve nota, a campanha de Trump disse que denunciou à Comissão Federal de Eleições as "contribuições ilegais em espécie" do Post, por este ser alegadamente crítico de Trump numa campanha publicitária nas redes sociais, enquanto a cobertura de Harris é alegadamente neutra.
A queixa cita um relatório publicado na quinta-feira no meio de comunicação Semaphor, que argumenta que o Post pagou por essa campanha para impulsionar notícias negativas sobre Trump no meio da saída de assinantes que se seguiu ao seu anúncio de que não apoiaria nenhum candidato eleitoral.
Esta queixa junta-se a uma ação civil apresentada pelos advogados de Trump contra a CBS, na quinta-feira, num tribunal do Texas, por alegadamente ter editado uma entrevista de Harris no programa "60 Minutes" para favorecer a candidata. Na ação, pedem 10.000 milhões de dólares.
Especificamente, alegam que a CBS deu respostas diferentes à mesma pergunta na entrevista ao "60 Minutes" e num extrato anterior para o programa "Face the Nation", de forma manipuladora para confundir o público, ao que os meios de comunicação social visados responderam que a ação judicial não tem fundamento.
Esta ação judicial foi apresentada num tribunal de Amarillo, no norte do Texas, onde há apenas um juiz, Matthew Kacsmaryk, conservador e nomeado por Trump, segundo a CNBC.
Vários juristas citados pelos meios de comunicação social norte-americanos afirmaram que é pouco provável que as queixas sejam bem sucedidas devido à fraqueza dos seus argumentos.
Trump já criticou anteriormente outros meios de comunicação social, por exemplo o canal de televisão conservador Fox, pela sua cobertura, chegando a dizer que iria pedir ao magnata Rupert Murdoch, o seu principal executivo, para censurar a publicidade negativa sobre ele.