Deputados das Regiões Ultraperiféricas reunidos em Estrasburgo reforçam cooperação em matérias comuns
Os deputados ao Parlamento Europeu oriundos das Regiões Ultraperiféricas estiveram reunidos esta quarta-feira para reforçar a cooperação entre os vários grupos políticos relativamente a temas específicos destas regiões.
Citado em nota à imprensa, Sérgio Gonçalves diz que defendeu a importância da política de coesão na promoção de desenvolvimento equilibrado e sustentável, especialmente em regiões ultraperiféricas. O deputado defendeu a necessidade deste mecanismo ser reforçado nos próximos orçamentos da União Europeia para fazer face às especificidades que são reconhecidas a estes territórios, considerando ser ‘’fundamental continuar a defender e aprofundar o estatuto próprio das Regiões Ultraperiféricas no seio da União Europeia’’.
Estas especificidades são notórias em matérias como os transportes ou a energia onde os sobrecustos para as Regiões Ultraperiféricas são evidentes. Temas específicos como a descarbonização e os apoios para promover a transição verde e digital são absolutamente fundamentais em territórios com mercados e agentes económicos de pequena dimensão, que não têm capacidade para fazer face aos investimentos necessários.
O deputado madeirense destacou a necessidade de garantir apoios para modernização da frota pesqueira europeia, composta por embarcações, em média, com mais de 30 anos. “Estas embarcações não oferecem condições de segurança ou de higiene para os nossos pescadores e não garantem condições de preservação do pescado, situação que tem levado à perda de trabalhadores do setor”, apontou. O aumento de quotas das pescas esteve também na agenda.
A reunião incidiu ainda sobre a resposta a desastres naturais, com particular foco no Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia, tema debatido em Estrasburgo na última segunda-feira. Sérgio Gonçalves afirma que “é necessário reforçar este mecanismo para que a ajuda seja imediata, mas também investir em infraestruturas de prevenção e mitigação de desastres”.
“Representamos regiões que têm um potencial enorme, mas que enfrentam barreiras estruturais que não deixarão de existir. Temos a missão de agir de forma coordenada para garantir que essas barreiras não impedem a prosperidade das nossas regiões”, concluiu.