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Madeira

RIR aponta falhas no "desgoverno de Miguel Albuquerque"

Liana Reis, coordenadora regional do partido, diz que "o sector da saúde não é excepção"

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Numa altura em que o "desgoverno" impera na Região, o RIR diz que "o sector da saúde não é excepção". 

"Neste momento enaltece-se a adesão às campanhas de vacinação sazonal. Sendo uma prevenção de elevada importância para os utentes e para o próprio sistema regional de saúde, é também um meio de fazer esquecer os reais problemas deste sector", começa por dizer Liana Reis, coordenadora regional do Partido Reagir Incluir Reciclar. 

E prossegue: "Continuamos com listas de espera nas várias especialidades, quer para consultas, quer para cirurgias. O sistema informático usado pelo SESARAM apresenta falhas sistemáticas que afectam os profissionais e utentes. A farmácia hospitalar continua com falta de medicamentos do foro oncológico, entre outros".

Diz ainda que "infelizmente já nada disto é novidade, tendo sido amplamente debatido nas últimas campanhas eleitorais e que ao que parece apenas serviu para o partido que nos governa iludir o povo com promessas, com aberturas de serviços e concursos para admissão de pessoal e desta forma passar a imagem de que tudo estaria bem encaminhado". 

Liana Reis revela que o partido "foi à procura de uma simples informação no que toca a números referentes aos atendimentos nos oito serviços de atendimento urgente da RAM, mais precisamente nos quatro serviços que abriram no passado dia 1 de Maio de 2024, os que foram claramente uma das medidas eleitoralistas de Miguel Albuquerque". 

Passados quatro meses da abertura destes serviços, as últimas estatísticas oficiais e públicas do SESARAM que encontramos apontam para o ano de 2018. No site oficial desta instituição, encontramos uma secção intitulada por "Transparência" e seguidamente um separador “SESARAM em números”. Como qualquer cidadão que gosta de estar informado o Partido Reagir Incluir Reciclar procurou e encontrou um “porta fechada”, aliás a porta está aberta mas não tem nada a oferecer ao cidadão a não ser uma frase "componente não encontrado".  Liana Reis 

"Abriram-se os centros de saúde com SAU (serviço de atendimento urgente) com o intuito de servir os madeirenses e consequentemente diminuir a afluência ao SU (serviço de urgência) do Hospital Dr. Nélio Mendonça, mas terá sido essa uma medida eficaz?", questiona. 

Nesse sentido, refere que "a verdade é que a urgência central continua a receber todos os dias centenas de utentes que não passam pelos centros de saúde porque sabem que não adianta de nada, pois se tiverem necessidade de realizar análises ou um simples raio-X têm na mesma de ser encaminhados ao hospital". 

"Até quando teremos de lidar com a falta de transparência por parte do serviço regional de saúde? Afinal qual é o problema em reconhecer que temos muito a melhorar e muito trabalho a ser feito? A população tem direito a ser esclarecida e a saber a verdade, assim como os utentes em situação de lista de espera têm direito a serem informados da sua situação, nomeadamente a sua posição nominal e estimativa para atendimento. No que diz respeito à farmácia hospitalar, qual a verdadeira razão da rutura dos medicamentos? Não haverão formas provisórias de colmatar as rupturas? Não será possível a articulação com o privado, como tanto se falou em campanha eleitoral em relação às cirurgias, de fornecimento dos medicamentos em questão de forma a não prejudicar estes utentes? E em relação às sucessivas falhas do sistema informático, o que realmente está a acontecer e o que aconteceu em relação ao ataque informático do ano transacto?", pergunta. 

E conclui: "Respostas aguardam-se e nos entretantos, o povo é quem sofre as consequências deste desgoverno de Miguel Albuquerque".