Ministra remete para o Governo da Madeira decisão de adesão ao Plano Nacional de Gestão de Fogos
A ministra da Administração Interna recusou-se a comentar se, na sua opinião, seria desejável que todo o país, incluindo a Madeira e os Açores, integrassem o Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos, remetendo essa decisão para o Governo Regional.
Questionada pela Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, se a adesão das regiões autónomas, nomeadamente da Madeira, ao Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos seria pertinente "para garantir que os meios são accionados sem qualquer condicionalismo político", Margarida Blasco disse que "a região autónoma decidirá o que é quer politicamente fazer".
Interpelada sobre o mesmo tema, pelo deputado Paulo Muacho (Livre), a governante voltou a afirmar que "é uma questão da Madeira".
"[A adesão ao Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos] é uma questão que cabe dentro das suas atribuições como região autónoma", enfatizou Margarida Blasco, acrescentando que o Governo da República interveio no incêndio florestal deflagrado na Madeira em Agosto "na sequência de um pedido de ajuda".
"Nunca deixamos de estar atentos aos fogos na Madeira", porque "os madeirenses também são portugueses", sublinhou.
"Tudo estava pronto quando foi pedido"
A ministra da Administração Interna reiterou hoje que “houve um contacto muito próximo entre o Secretário de Estado da Protecção Civil e o Secretário da Protecção Civil da Madeira”, durante os incêndios que atingiram a Região no passado mês de Agosto.
A ministra da Administração Interna está a ser ouvida, na Assembleia da República, em Lisboa, sobre os meios de proteção civil disponíveis para o combate aos fogos rurais nos meses de Verão de 2024, e a gestão dos meios de proteção civil no incêndio ocorrido, em Agosto de 2024, na Região Autónoma da Madeira.