Cafôfo acusa Albuquerque e Rodrigues de serem “malabaristas” sobre gado na serra
Esta manhã, na continuação da apreciação na generalidade do projecto de decreto da autoria PS que “estabelece o regime jurídico da actividade silvopastoril na Madeira e prevê a implementação de um projecto-piloto de pastoreio dirigido à prevenção de incêndios rurais”, o líder socialista acusou os presidentes da Assembleia e do Governo Regional de serem “malabaristas” e de darem “cambalhotas” em relação a este tema.
Dirigindo-se a José Manuel Rodrigues, que dirige os trabalhos no plenário, Paulo Cafôfo referiu: "Estivemos juntos em muitas tosquias, em muitos contactos com pastores e em muitas iniciativas públicas. Mas deu uma cambalhota e agora é contra os pastores, marchar, marchar".
Já em relação a Miguel Albuquerque, lembrou que em 2019 dizia que se queriam gado na serra não deviam votar nele, mas "agora está a tentar ser contorcionista" e prepara um diploma sobre a matéria. Nesse âmbito, Cafôfo denunciou que o PSD pretende auscultar apenas algumas entidades, com posições que interessam mais aos social-democratas. Nesse sentido, o líder do PS anunciou que o seu partido vai requerer a audição de outras entidades e desafiou o PSD a aceitar essa proposta.
Por fim, Cafôfo defendeu os pastores e sublinhou que estes "não são malfeitores", mas sim "gente da nossa gente".
No final da intervenção do líder do PS, José Manuel Rodrigues comentou da seguinte forma a crítica que lhe fora dirigida: "Eu gosto de ir às tosquias mas não gosto de ser tosquiado".