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A Guerra Mundo

Um morto em ataque russo com mísseis que atingiu navio civil em Odessa

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Foto arquivo/ AFP

Uma pessoa morreu hoje e outras cinco ficaram feridas num ataque russo com mísseis ao porto de Odessa, no sul da Ucrânia, que atingiu um navio civil com bandeira de Palau, adiantou o governador daquela região.

"O inimigo disparou um míssil balístico contra um navio civil que arvorava a bandeira de Palau. Um ucraniano de 60 anos, funcionário de uma empresa privada de transportes, foi morto. Cinco outros cidadãos estrangeiros ficaram feridos", referiu, através da rede social Telegram, Oleg Kiper, governador da região de Odessa.

O porto de Odessa, um importante ponto de saída especialmente para os cereais ucranianos, tem sido alvo de múltiplos ataques por parte das forças russas.

Outros ataques russos mataram hoje uma pessoa e feriram outras sete em Sloviansk (leste), mataram dois irmãos na região fronteiriça de Sumy (nordeste) e uma mulher de 61 anos em Kherson (sul), anunciaram as autoridades ucranianas. Um outro ataque a Kherson fez também cerca de vinte feridos.

A capital Kiev, também foi alvo de ataques durante a noite, disseram as autoridades, garantindo ao mesmo tempo que não houve vítimas nem grandes danos.

O Exército russo lançou pela primeira vez dezenas de drones explosivos em várias regiões ucranianas, incluindo a capital. Kiev foi então alvo de manhã dois mísseis hipersónicos Kinjal, que foram abatidos pela defesa aérea, segundo a Força Aérea.

Um terceiro míssil Kinjal atingiu, segundo o Exército, uma zona perto da base aérea de Starokostiantyniv, na região de Khmelnytsky (oeste).

A Ucrânia combate na frente leste há mais de um ano e viu as forças russas aproximarem-se da cidade de Pokrovsk, um importante centro logístico do Exército ucraniano.

Como sinal deste progresso, o Exército russo anunciou hoje que tinha capturado a aldeia de Grodivka, uma cidade situada a cerca de dez quilómetros a leste de Pokrovsk. Na semana passada, foi a fortaleza ucraniana de Vougledar que caiu, na junção das frentes Este e Sul.

O Exército ucraniano, por seu lado, afirmou ter atingido um terminal petrolífero em Feodosia, no leste da Crimeia, o maior desta península e que abastece o Exército russo em particular, segundo Kiev.

As autoridades russas confirmaram um incêndio no local petrolífero, sem identificar a causa.

A Ucrânia aumentou os ataques a instalações energéticas russas nos últimos meses para perturbar a logística das Forças Armadas de Moscovo, que ocupam quase 20% do seu território.

A Ucrânia já tinha utilizado mísseis de longo alcance, nomeadamente para atacar o quartel-general da Frota Russa do mar Negro em Sebastopol (leste da Crimeia), em setembro de 2023.

No entanto, nos últimos meses, os ataques ucranianos foram realizados sobretudo com recurso a 'drones' de combate, com Kiev a lamentar a falta de mísseis e a culpar o atraso nas entregas ocidentais.

Desde o início da sua invasão, a Rússia tem aumentado as campanhas de ataques contra a rede energética ucraniana, deixando periodicamente milhões de ucranianos sem eletricidade.

Alguns especialistas ucranianos preveem uma nova intensificação dos ataques russos às infraestruturas civis, especialmente à energia, nas próximas semanas, à medida que o Inverno se aproxima e as eleições presidenciais americanas em novembro.