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Sobe para 403 mil o número de pessoas em fuga aos bombardeamentos israelitas

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Foto EPA

Mais de 403 mil pessoas tinham atravessado, até sábado, a fronteira sírio-libanesa para escapar aos bombardeamentos israelitas no Líbano, na sua maioria cidadãos sírios, indicou a Presidência do Conselho de Ministros do país.

"De 23 de setembro a 05 de outubro, a Segurança Pública registou a passagem para o território sírio de 300.774 cidadãos sírios e 102.283 libaneses", segundo um comunicado, que situa o número total de deslocados em abrigos em 179.500, num total de 37 mil famílias, a maioria em Beirute.

O número de pessoas que fugiram para a Síria é quase o dobro do número anunciado no domingo pela agência da ONU para os Refugiados (ACNUR), que havia dito que cerca de 220 mil pessoas atravessaram por terra para a Síria, das quais cerca de 70% são de nacionalidade síria e 30% libanesa, com apenas alguns casos de países terceiros.

O comunicado libanês denunciou ainda que as tropas israelitas lançaram um total de 190 bombardeamentos aéreos e de artilharia contra diferentes zonas do Líbano nas últimas 48 horas, principalmente no sul do país e nos subúrbios do sul de Beirute, bastiões do grupo xiita libanês pró-iraniano Hezbollah.

De acordo com o Ministério da Saúde libanês, 47 pessoas morreram e 207 ficaram feridas nas últimas 48 horas, elevando para 2.083 e 9.869, respetivamente, o número total de mortos e feridos nos ataques israelitas ao Líbano.

Israel bombardeou na passada sexta-feira a estrada que liga Beirute a Damasco e que conduz ao principal posto fronteiriço entre O Líbano e a Síria, o posto de Masnaa.

Devido aos danos extensos na estrada, o número de chegadas ao posto de passagem caiu quase 75% ao longo da sexta-feira, passando de uma média de 13.000 viajantes por dia para apenas 3.000, uma tendência que continuou no sábado, de acordo com o ACNUR.

Há quase duas semanas que Israel está a levar a cabo uma intensa campanha de bombardeamentos, principalmente contra os bastiões do grupo xiita Hezbollah no Líbano, que obrigou cerca de 1,2 milhões de pessoas a fugir das suas casas e arrasou cidades inteiras.