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Oficinas de Desenho da Porta33 recomeçam esta quarta-feira

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A Porta33 dá início a mais um ano lectivo das Oficinas de Desenho já na próxima quarta-feira, dia 9 de Outubro, com a presença da secretária regional de Inclusão, Trabalho e Juventude. As oficinas orientadas pela artista visual Carolina Vieira destinam-se a crianças, jovens e adultos.

As actividades acontecem às quartas-feiras, entre as 18h e as 19h30 e aos sábados, das 11h30 às 13 horas, sendo que as inscrições decorrem em permanência ao longo de todo o ano. 

"As Oficinas de Desenho da Porta33 incluem também três grupos de crianças e jovens frequentadoras dos Centros Comunitários da Nogueira, de São Martinho e do Lugar da Serra. Estes últimos inserem-se no projeto “Dias Mais Claros”, promovido pela Porta33, onde crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social experimentam diferentes práticas artísticas. A imaginação e sensibilidade destas crianças e destes jovens, dentro da disciplina do desenho, são exemplo de que qualquer clivagem social pode ser anulada quando mergulhamos num ambiente de criação informada e partilhada", dá conta uma nota à imprensa.

O resultado destas oficinas tem integrado as exposições realizadas pela Porta33. "Os frequentadores das Oficinas, guiados pelos bons desígnios do desenho, têm na Porta33 um espaço de liberdade para arriscarem e errarem (no sentido de se poderem perder para melhor se poderem encontrar), convivendo com o desenho enquanto espaço de afirmação individual, enquanto primeira linguagem — como língua", explica.

"Nas Oficinas de Desenho promovidas pela Porta33 a questão primacial é de trabalhar a atenção, sem a qual tudo aparece desconectado, desligado. A segunda questão é a ligação. Ligar as coisas é um trabalho constante de atenção ao mundo que nos rodeia, que cada um de nós permanentemente opera, de forma mais ou menos consciente. Ter clarividência dessa faculdade que temos — de estabelecer relações entre coisas diversas, relacionar o que aparentemente está separado — é uma conquista transformadora, que nos revela o inesgotável potencial amoroso na nossa existência. A terceira questão é a curiosidade: as plantas, os animais, as pessoas, os objectos, o vento, o mar, o sol, o ar, os insectos, os fenómenos naturais, as palavras, o som, e podíamos continuar e continuar e continuar — tudo é motivo de interesse para os curiosos. Inevitavelmente, a questão seguinte é a capacidade e a necessidade de fazermos escolhas. Tomar decisões, optar, decidir, são ações intrínsecas ao acto de desenhar. E à nossa vida. O desenho como exercício é uma forma de preparação para a vida, por isso é tão importante. Aprender repetindo ajuda a interiorizar modos de fazer e de ver. Aprender é por isso esquecer que sabemos fazer. Como respirar", refere.