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Mais de metade dos docentes vivem abaixo da linha de pobreza na Venezuela

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Foto Pedro Rances Mattey / AFP

Mais de metade dos docentes vivem abaixo da linha de pobreza, denunciou uma organização não governamental (ONG) da Venezuela, país onde há cada vez mais professores a abandonar a profissão devido aos baixos salários.

"Mais da metade dos docentes da Venezuela vivem abaixo do limiar da pobreza. Hoje [sábado], no Dia Mundial do Professor, reconhecemos a sua luta por salários justos e condições de trabalho dignas. É urgente que o Estado responda às suas exigências e garanta o direito à educação", afirmou o Observatório de Direitos Humanos da Universidade de Los Andes.

Na rede social X (antigo Twitter), o Observatório explica que "os professores na Venezuela enfrentam grandes obstáculos no exercício da sua profissão".

"Os salários irrisórios, a falta de segurança social e as condições precárias das infraestruturas educativas limitam a sua capacidade. Apesar disso, continuam a desempenhar uma tarefa fundamental: educar as gerações futuras", sublinha o ONG.

Segundo a imprensa venezuelana, a Venezuela tinha, em 2021 mais de 669 mil professores, um número que caiu para 502 mil nos últimos três anos. Como motivo da deserção estão os baixos salários e a precárias condições laborais.

Segundo o Centro de Documentação e Análise da Federação Venezuelana de Professores (CENDAS-FVM, sigla em castelhano) o salário médio oficial de um docente na Venezuela é de 21 dólares (19,12 euros) e o cabaz básico alimentar para uma pessoa era de 107,80 dólares (98,16 euros).

Os professores venezuelanos protestam com frequência para exigir melhores salários.