Frente Mar e Autoridade Marítima
Dois assuntos que quero abordar e que têm em comum o mar.
Primeiro começo pela Frente Mar e a sua forma de gestão(?) Terminou o contrato de exploração do bar da praia da Ponta Gorda e pasme-se que só agora, depois de o bar ter encerrado, é que vão abrir o concurso para adjudicação de uma nova concessão. Ao que parece o contrato de exploração caducou em Julho, mas como estávamos na época alta de praia, lá conseguiram prorrogar o contrato até meados de Setembro, altura em que começaram as aulas, para assim evitar todo o tipo de reclamações que pudessem surgir.
Só que o complexo continua aberto e a ser frequentado, quer por residentes, quer por turistas, que se quiserem ingerir uma bebida ou comer uma refeição, terão de trazê-las de casa. Se conseguiram prorrogar o prazo até meados de Setembro, porque não deram continuidade a essa prorrogação, até estar resolvida a nova adjudicação, salvaguardando o interesse e bem estar dos utentes do complexo? Também consta que idêntica situação teria ocorrido na Barreirinha. Enfim, com a “celeridade” como costumam se resolvidas estas adjudicações, lá para o novo ano teremos bar aberto.
Agora a segunda questão e esta tem a ver com a Autoridade Marítima. Finda a época balnear(?) (como se as praias encerrassem após o verão), a Autoridade Marítima não permite o hastear das bandeiras que alertam os banhistas para o estado do mar. Quer dizer as praias e complexos balneares continuam a ser frequentados , existem nadadores salvadores, mas as bandeiras não podem ser hasteadas, talvez para poupá-las para o ano seguinte, o que de algum modo pode colocar em risco a segurança dos banhistas. Se esta proibição está sustentada numa lei, que deve ser do tempo do “ronco” e que está totalmente desadequada face à realidade atual, onde a frequência balnear se verifica todo o ano, porque não se altera a lei?
Vejo uma classe política muito preocupada com casas de banho, votos de louvor e de pesar e muita conversa de sarjeta, mas que passa ao lado de situações que interessam à população como esta, que pode colocar em risco a segurança de pessoas.
Enfim só me resta manifestar a minha indignação para com gestores como os da Frente Mar e para certo tipo de políticos e deixo expresso o meu voto, não de louvor, nem de pesar, mas de tristeza.
Luís A. Gonçalves