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Partido da oposição venezuelana reforça denúncias perante "terrorismo de Estado"

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O partido político da oposição venezuelana Primero Justicia (PJ) decidiu hoje "reforçar as denúncias" aos organismos internacionais, sem especificar quais, perante a "sistemática privação de liberdade e perseguição judicial como parte do terrorismo de Estado".

Através da rede social X, o partido disse que o "terrorismo de Estado" é aplicado pelo presidente chavista Nicolás Maduro contra "todos aqueles que assumiram respeitar os resultados de 28 de julho", data das eleições presidenciais.

Após estas eleições, a maior coligação da oposição considerou fraudulento o resultado oficial das presidenciais, que reelegeu Maduro, enquanto o bloco afirma que o seu líder, Edmundo González Urrutia, é o vencedor daquele ato eleitoral, o que desencadeou uma crise que levou a protestos nos quais foram detidas mais de 2.400 pessoas, segundo o executivo.

O PJ assumiu também o "compromisso de envidar todos os esforços para conseguir a libertação de todos os presos políticos, bem como o acompanhamento das famílias das vítimas que hoje sofrem esta lamentável injustiça".

O partido reafirmou ainda o seu repúdio pela "perseguição e repressão" contra "dirigentes e ativistas", entre os quais o presidente da câmara de Maracaibo - capital do estado de Zulia (oeste, fronteira com a Colômbia) - Rafael Ramírez Colina, e Pedro Guanipa, diretor da câmara desta cidade, ambos detidos.

Ramírez Colina e Guanipa são dois dos 154 políticos da oposição que, segundo o partido de María Corina Machado, Vente Venezuela, foram detidos no país, incluindo líderes nacionais e pessoas que ocupavam cargos de responsabilidade para os quais foram eleitos quando foram presos, quase todos detidos nas semanas anteriores e posteriores às eleições presidenciais.