ADN contra cobrança de taxas para acesso a percursos pedestres
O ADN veio mostrar-se contra aquilo que considera ser "um exagero das novas medidas" de cobrança para usufruto de percursos pedestres. O partido diz ser contra se cobrarem 3 euros para aceder à Ponta de São Lourenço, Caldeirão Verde, Balcões, Levada do Risco, Levada do Rei e Vereda do Areeiro/Pico Ruivo. Além disso, estará ainda prevista, a partir de 2026, a 'taxa de floresta'.
"O ADN-Madeira considera que esta não é a melhor forma de garantir o sucesso da nossa principal fonte económica regional, pois até pode ter o efeito oposto, tendo em conta que as condições que lhes oferecemos não são proporcionais ao que queremos cobrar-lhes e por vezes até fica a sensação que eles representam um «fardo» ou «estorvo» para as nossas autoridades e sociedade, basta ler o que é publicado nas redes sociais a que eles (turistas) também têm acesso, fazendo lembrar o ano 2020 quando eram responsabilizados pelo propagação do vírus Covid-19 e até impedidos de entrar em autocarros públicos", refere em nota à imprensa.
Miguel Pita aponta que "não é culpa dos turistas que tenhamos cada vez mais betão em detrimento de natureza, muito menos são os turistas quem pegam fogo nas nossas serras, limitando-lhes os acessos e proporcionando uma paisagem deprimente e destruída pelo fogo, também não é responsabilidade do turista o facto de termos más condições de saneamento básico que faz com que eles tenham de pagar à “Frente Mar” para poderem nadar entre fezes e outras poluições vergonhosas, perante as bandeiras azuis orgulhosamente hasteadas na costa sul da RAM".
O partido aponta uma série de problemas como a entrada descontrolada de automóveis de rent-a-car que são comercializados a preços demasiado baixos, celebrações de bodas em zonas protegidas e baixos salários na hotelaria, advertindo que estas não são situações da responsabilidade dos turistas.
"O ADN-Madeira receia que tenhamos perdido o nosso estatuto de bons “anfitriões” conquistado ao longo de décadas e que após o sucesso dos últimos anos tornamo-nos “pobres e mal-agradecidos”, com o risco acrescido de podermos esta a matar a nossa “galinha dos ovos de ouro”, assim como receamos que no futuro próximo não bastarão os sucessivos prémios de “Melhor destino Insular do Mundo” para salvar a nossa reputação turística, ainda mais quando temos um aeroporto sem soluções e condições aquando dos constrangimentos motivados pelo vento", termina.