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Incêndios Madeira

Comissão na AR sobre os incêndios na Madeira foi “escândalo e vergonha”

Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira

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Foto Miguel Espada/ASPRESS

Ao contrário dos autarcas anfitriões – presidente da Assembleia Municipal e da Câmara Municipal – o presidente do Governo Regional fez questão defender o “extraordinário investimento, investimento privado que decorre de um concurso público, que será o teleférico do Curral das Freiras”, afirmou, perante aplausos da plateia que enche o auditório do Centro Cívico do Curral das Freiras.

Afirmação que fez subir o tom para declarar não ter medo de nada nem de ninguém. “Não tenho medo de ter adversários. Dou a cara”, afirmou, para mais adiante reforçar o mesmo relativamente a processos judiciais que possam envolver o próprio e/ou o seu governo.

Depois atirou-se a Lisboa para repudiar “o escândalo e a vergonha da Assembleia da República” que foi a criação de comissão para averiguar incêndios na Madeira. Repudiou os deputados eleitos pela Região que permitiram tamanha escândalo.

Alto e bom som, Miguel Albuquerque aproveitou a cerimónia comemorativa do 189º aniversário do Concelho de Câmara de Lobos para assegurar “o meu governo está aqui para o que der e vier ao serviço da Madeira”.

Relativamente aos desafios que ouvira dos autarcas locais, não respondeu directamente às reivindicações apontadas, mas assegurou estar “disponível para realizar investimentos”. Na certeza que o seu governo “vai continuar a fazer aquilo que tem de fazer que é colaborar com as câmaras municipais”, que no caso de Câmara de Lobos, equivale dizer que “vai continuar a investir”.

Reafirmou que até final do presente mandato será lançada a velha aspiração de ligação – em túnel – entre o Curral das Freiras e o Jardim da Serra, e confirmou a criação de uma via distribuidora na zona alta do Estreito, entre o Covão e o Calvário.

De resto elogiou a qualidade dos autarcas que lideram a governação no Concelho e “a necessidade de continuarmos a ter lideranças políticas fortes na condução dos respectivos concelhos”. Autarcas com “capacidade e a coragem de decidir e concretizar os projectos”.

Aproveitou uma expressão do presidente Leonel Silva, “não embarcamos em consensos acríticos”, para dar nota que “as democracias não são por natureza consensuais” e que a pior coisa de um político é querer agradar a toda a gente.

No caso de Câmara de Lobos, conclui que “teve a sorte” com as equipas autárquicas, por reconhecer que os diferentes órgãos são “dirigido por boas equipas” e a prova disso é, no entender o chefe do executivo regional, terem “realizado um trabalho extraordinário em prol do desenvolvimento deste concelho”.