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G20 apoia fundo mundial proposto pelo Brasil para proteger florestas tropicais

Foto Shutterstock
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Os países do bloco G20 manifestaram no Rio de Janeiro apoio à proposta do Brasil de criação de um fundo internacional para ajudar os países de baixo e médio rendimento a proteger as florestas tropicais.

O apoio das 20 maiores economias do mundo à iniciativa foi incluído no comunicado conjunto, divulgado na quinta-feira pelos ministros do Ambiente e do Clima do G20, após três dias de reuniões no Rio de Janeiro.

O documento, com compromissos dos ministros em relação ao combate às alterações climáticas e aos problemas ambientais, será submetido à apreciação dos chefes de Estado na cimeira do G20 que se realizará na mesma cidade, em 18 e 19 de novembro.

"Encorajamos mecanismos inovadores que procurem mobilizar novas e diversas fontes de financiamento (...) e reconhecemos que se trata de uma ferramenta inovadora para a conservação das florestas", afirmaram os ministros no comunicado.

A ministra brasileira do Ambiente, Marina Silva, afirmou em conferência de imprensa que o fundo, proposto pelo Brasil na 28.ª conferência das Nações Unidas sobre o clima (COP28), em 2023, continuará a ser negociado, mas agora com o apoio do G20.

"Este é um apoio importante para avançarmos com a iniciativa", afirmou o vice-ministro do Ambiente, João Paulo Capobianco, que esclareceu que a expectativa é poder lançar o fundo na COP30, a organizar na cidade brasileira de Belém em 2025.

Capobianco referiu que a proposta requer apoio internacional e não só dos países com florestas tropicais que seriam beneficiados, mas também dos países desenvolvidos que investiriam no fundo.

Em julho, numa reunião de ministros da Economia do G20, também no Rio de Janeiro, Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Noruega, Singapura e Emirados Árabes Unidos comprometeram-se a contribuir para criar o fundo.

O Brasil pretende angariar inicialmente 25 mil milhões de dólares (22,7 mil milhões de euros) de países interessados em participar no mecanismo, que receberão uma remuneração mínima pelos seus recursos, além dos créditos de carbono.

O fundo iria depois lançar títulos nos mercados internacionais para investidores que teriam um rendimento ligeiramente superior à oferecida pela dívida pública de países como os Estados Unidos.

O fundo iria pagar anualmente cerca de quatro dólares (3,6 euros) por cada hectare de floresta preservada a cerca de 80 países com florestas tropicais que cumpram os requisitos, tendo principalmente a desflorestação sob controlo.