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Madeira

Líder do CDS avisa que só aprova orçamento regional se houver baixa de impostos para famílias

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“Fica desde já o aviso: o CDS só aprovará o Orçamento [Regional] para o próximo ano se ele trouxer um real aumento do rendimento das Famílias, com uma redução de impostos e com uma valorização dos salários e das pensões”. A frase foi proferida pelo líder dos centristas madeirenses, José Manuel Rodrigues, na reunião da Comissão Política e Conselho Regional realizada ao final desta tarde, em Câmara de Lobos.

Rodrigues reconheceu que “é preciso dinheiro para estas políticas”, mas lembrou que esse dinheiro existe, “já que a receita fiscal tem vindo a aumentar e há folga orçamental para tomar as medidas correctas para uma verdadeira justiça social”. “Ou o PSD e o Governo Regional entendem que a riqueza criada tem que ser distribuída de forma socialmente justa, ou então não terá o voto favorável dos deputados do CDS no Orçamento para o próximo ano”, voltou a avisar.

O mesmo dirigente sublinhou que “o PSD e o Governo Regional não podem esquecer que só temos um Programa de Governo e um Orçamento aprovados com o voto decisivo dos deputados do CDS e isso deve ser valorizado e reconhecido”. “O PSD e o Governo Regional têm de estar conscientes desta realidade. Só contarão com o voto do CDS se ao crescimento económico acrescentarmos desenvolvimento social, reduzindo a pobreza, melhorando a vida dos mais idosos, relançando a classe média e dando boas oportunidades de habitação, de trabalho e melhores carreiras e salários aos mais jovens”, completou.

Perante os seus companheiros de partido, José Manuel Rodrigues descreveu algumas das medidas que conseguiu concretizar ou que estão em vias de realização: descida do IRS em 30 por cento no quinto escalão; redução da taxa mínima do IVA de 5 para 4% em 63 bens essenciais; salário de referência para os jovens licenciados; redução dos preços das mensalidades do ensino do pré-escolar; subsídio de insularidade de 662 euros (que o partido quer que abranja todos os cidadãos); aumento do Complemento de Pensão dos Idosos; e medicamentos gratuitos para os idosos com pensões mais baixas.

José Manuel Rodrigues afirmou que o seu partido “vai ser mais exigente” com o PSD e com o Governo Regional porque “não nos podemos dar satisfeitos quando temos 72 mil pessoas em risco de pobreza, quando 20 mil dessas pessoas têm pensões inferiores a 525 euros, quando 17 mil desses cidadãos trabalham e o que ganham não dá para pagar as suas despesas mensais e são pobres, porque a inflação na Madeira continua muito alta e quando centenas de jovens não conseguem ter um salário de acordo com as suas qualificações nem conseguem aceder a uma habitação e são obrigados a emigrar por falta de uma oportunidade”.