PS manifesta pesar por mais uma vítima mortal em contexto de violência doméstica
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista vai dar entrada na Assembleia Legislativa da Madeira a um voto de pesar pela morte de mais uma mulher madeirense em contexto de violência doméstica.
Trata-se, como já noticiado, da morte de uma mulehr de 44 anos, residente em Machico, que perdeu a vida, alegadamente, às mãos do companheiro.
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Esta é a primeira morte por violência doméstica este ano na Madeira, mas, como recorda a deputada Marta Freitas, a 6 de Setembro passado, outra vítima, uma mulher de 37 anos, foi internada no Serviço de Urgências do Hospital Dr. Nélio Mendonça, na sequência de um caso de agressão, após um desacato com o companheiro.
A parlamentar lembra que, em 2023, as autoridades policiais identificaram e registaram 1.115 denúncias de violência doméstica contra o cônjuge na Região Autónoma da Madeira, mais 97 casos do que em 2022.
A deputada, que é também presidente da Comissão Política das Mulheres Socialistas da Madeira (estrutura que esteve reunida esta tarde e que discutiu esta temática e o referido voto de pesar), alerta para o facto de todos os anos serem conhecidas histórias de agressão sobre mulheres no seio familiar e questiona, por isso, o que é que continua a falhar.
“Um apoio financeiro às pessoas em situação de violência doméstica é útil, mas não o suficiente. Não basta! É preciso mais e melhor prevenção. É preciso um verdadeiro rumo à erradicação da violência doméstica. Precisamos de ter a ambição de não haver vítimas de violência doméstica. É preciso acompanhamento destas vítimas, desde a primeira hora”, adverte Marta Freitas, numa nota enviada à comunicação social.. Para a socialista, cada caso de uma mulher vítima de violência “é uma falha da nossa sociedade e uma falha do Plano Regional Contra a Violência Doméstica”.
Neste sentido, o partido defende um maior investimento no combate aos crimes de violência doméstica, assim como no acompanhamento e apoio às vítimas. Refira-se que a violência doméstica é um crime público que deverá ser identificado e denunciado. “É preciso quebrar o silêncio que existe ainda à volta deste crime, que é transversal, não escolhe idades, nível de escolaridade, nem estrato social”, alerta a deputada socialista.
Marta Freitas vinca que são necessárias mais medidas a montante, como uma intervenção coordenada multissetorial entre as áreas social, da saúde, da educação e da justiça, mas também com as forças policiais e com as organizações comunitárias que intervêm nestas situações. Defende igualmente o reforço das campanhas educacionais e de sensibilização para a tolerância zero à violência e para o encaminhamento para a ajuda necessária.