DNOTICIAS.PT
Madeira

Taxa de esforço para alugar casa no Funchal nos 89% e para comprar está em 105%

Foto Shutterstock
Foto Shutterstock

A percentagem do rendimento familiar necessária para enfrentar a compra ou o arrendamento de uma habitação aumentou no primeiro caso e diminuiu no segundo caso no último ano na capital madeirense. "Na maior parte das capitais de distrito portuguesas, de acordo com a análise realizada pelo idealista que verificou as taxas de esforço do terceiro trimestre de 2023 e 2024 para comprar e arrendar, o esforço exigido para arrendar uma casa em Portugal aumentou 3 pontos percentuais (p.p.), passando de 81% no terceiro trimestre de 2023 a 84% no terceiro trimestre de 2024. Já na compra de casa, a taxa de esforço nacional aumentou 1 p.p., passando de 68% para 69% em Setembro deste ano".

Ora. no Funchal, a taxa de esforço para comprar casa passou de 103% para 105%, uma subida de 2 pontos percentuais, reforçando a primeira posição da capital madeirense, enquanto que a taxa de esforço para alugar desceu de 101% para 89%, registando -12 pontos percentuais, uma das maiores quebras entre as principais cidades do país, mas continua a ser uma das que exige mais para arrendar um sítio para viver.

"Das 20 cidades analisadas, foi em Ponta Delgada onde a taxa de esforço para arrendar uma casa mais aumentou no último ano, passando de 52% no terceiro trimestre de 2023 para 70% no mesmo período de 2024, aumentando 18 p.p", enquanto que "entre os maiores aumentos das taxas de esforço para arrendar a casa no último ano está ainda Bragança (10 p.p.), Faro (7 p.p.), Lisboa (4 p.p.), Santarém (4 p.p.) e Coimbra (4 p.p.). Seguem-se Portalegre (3 p.p.), Viana do Castelo (3 p.p.), Leiria (2 p.p.), Setúbal (2 p.p.), Guarda (1 p.p.) e Vila Real (1 p.p.). Já em Évora e no Porto, a taxa de esforço não variou durante este período. Por outro lado, a taxa de esforço diminuiu em Aveiro (-13 p.p.), Funchal (-12 p.p.), Beja (-12 p.p.), Viseu (-2 p.p.), Castelo Branco (-2 p.p.) e Braga (-1 p.p.)", salienta.

Lisboa, como seria de esperar, "é a cidade que requer o maior esforço por parte das famílias para arrendar uma casa, sendo necessário destinar 91% dos seus rendimentos. Segue-se o Funchal (89%), Faro (75%), Porto (74%), Ponta Delgada (70%), Setúbal (61%), Viana do Castelo (55%), Braga (55%), Évora (54%), Santarém (52%), Aveiro (51%), Leiria (50%), Coimbra (44%), Bragança (43%), Viseu (42%) e Beja (37%)",, sendo que "as cidades onde as rendas da casa pesam menos nos rendimentos familiares são Portalegre (28%), Castelo Branco (31%), Guarda (34%) e Vila Real (36%). De referir que todas as capitais de distrito, com a exceção de Portalegre e Castelo Branco, apresentaram taxas de esforço superiores ao recomendado, de 33%".

No que toca à percentagem de rendimentos que as famílias devem destinar para comprar uma casa, "aumentou em 10 capitais de distrito das 20 analisadas. Foi em Bragança onde a taxa de esforço mais aumentou, passando de 28% a 32%, originando um aumento de 4 p.p. Seguem-se os aumentos da taxa de esforço em Leiria (3 p.p.), Lisboa (3 p.p.), Portalegre (3 p.p.), Funchal (2 p.p.), Setúbal (2 p.p.), Castelo Branco (2 p.p.) e Guarda (2 p.p.). As cidades onde a taxa menos cresceu entre estes dois momentos foram Santarém (1 p.p.) e Viseu (1 p.p.)". E acrescenta: "Já em Aveiro, Beja e Braga a taxa de esforço não variou durante este período. Por outro lado, a taxa de esforço diminuiu em Faro (-9 p.p.), Viana do Castelo (-7 p.p.), Évora (-6 p.p.), Porto (-5 p.p.), Vila Real (-3 p.p.), Coimbra (-3 p.p.) e Ponta Delgada (-1 p.p.)."  

Diga-se que "no terceiro trimestre do ano, a cidade com a maior taxa de esforço para comprar casa foi o Funchal (105%), seguida por Lisboa (101%), Faro (99%), Porto (74%), Aveiro (70%), Ponta Delgada (63%), Braga (58%), Viana do Castelo (56%), Leiria (54%), Setúbal (49%), Viseu (49%), Évora (45%), Coimbra (44%), Vila Real (38%) e Santarém (33%)", enquanto que do outro lado, "verifica-se que há cinco capitais de distrito onde é possível comprar casa com uma taxa de esforço inferior à recomendada de 33% (em que a prestação da casa pesa menos de um terço do rendimento disponível da família): Bragança (32%), Beja (23%), Portalegre (21%), Castelo Branco (21%) e Guarda (19%)", conclui.