Economia portuguesa deve ter crescido entre 1,5% e 2,1% no 3.º trimestre
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga hoje o crescimento da economia portuguesa no terceiro trimestre do ano, que os economistas estimam que se tenha situado entre 1,5% e 2,1%, em termos homólogos.
Já em termos trimestrais, as projeções dos analistas sugerem um crescimento em cadeia entre 0% (o que seria um crescimento nulo) e 0,6% no terceiro trimestre. No segundo trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,6% em termos homólogos e 0,2% em cadeia.
Entre as estimativas para o terceiro trimestre, a Área de Estudos Económicos do BCP é uma das mais otimistas, ao prever que a taxa de crescimento do PIB português apresente "uma variação em cadeia de 0,4%, o que representa uma ligeira aceleração em relação ao crescimento de 0,2% observado no segundo trimestre".
"Em termos homólogos, espera-se uma aceleração da taxa de crescimento do PIB, de 1,6% para 2,1%", salienta Márcia Rodrigues, economista do BCP, na nota de conjuntura divulgada em outubro, apontando que "a expansão da atividade económica deverá ter continuado a beneficiar do dinamismo do consumo privado, suportado pelo aumento do rendimento real disponível das famílias, na sequência da descida da taxa de inflação, da redução das taxas de juro, e da robustez do mercado de trabalho".
Já a Católica também prevê que a economia portuguesa terá crescido 2% no terceiro trimestre deste ano, em termos homólogos, e 0,4% em cadeia, segundo as previsões divulgadas pelo Católica-Lisbon Forecasting Lab (NECEP).
"No terceiro trimestre de 2024, a economia portuguesa deverá ter crescido 0,4% em cadeia, o que corresponderia a 2,0% em termos homólogos", enquanto "a zona euro deverá ter crescido 0,2% e 0,8%, respetivamente, num contexto de crescente fragilidade da economia europeia", lê-se na folha trimestral do NECEP.
O Barómetro CIP/ISEG, por sua vez, estima que entre julho e setembro a evolução em cadeia do PIB "se tenha mantido fraca", apontando para uma previsão entre 0,0% e 0,2%.
"Em termos quantitativos, os indicadores disponíveis tornam provável um ligeiro crescimento em cadeia do PIB no 3.º trimestre do ano, que estimamos que se venha a situar entre 0 e 0,2%", lê-se no barómetro divulgado em outubro, sendo que "a estes valores corresponderá, em termos homólogos, um crescimento situado entre 1,7% e 1,9%".
Há ainda projeções do Fórum para a Competitividade, que estima que a economia portuguesa tenha crescido entre 1,5% e 1,9% no terceiro trimestre do ano, face ao período homólogo, de acordo com a nota divulgada no início do mês.
Segundo a nota de conjuntura de setembro, a previsão é de que o "PIB terá subido entre 0,2% e 0,6% em cadeia no 3.º trimestre, a que corresponderá um aumento homólogo entre 1,5% e 1,9%".
O BPI Research, por sua vez, nota que "os indicadores relativos ao 3.º trimestre dão sinais mistos, com os principais indicadores sintéticos a sugerirem aceleração da atividade em setembro", com destaque para a "recuperação do indicador de sentimento económico da Comissão Europeia, que em setembro aumentou para 104 pontos, mais 2,9 pontos do que em agosto, e a melhoria do sentimento dos consumidores e dos restantes setores de atividade, com exceção da construção".
"Incorporando todos estes fatores, e apesar da aparente melhoria dos dados económicos no final do 2.º trimestre, optámos por reduzir em uma décima a previsão de crescimento anual do PIB, para 1,7%, mantendo a expectativa de crescimento de 2,3% em 2025", lê-se na nota informativa de setembro.