DNOTICIAS.PT
Madeira

Executivo de Santa Cruz “põe Munícipes a pagar obrigações do Estado”, acusa PSD

None

A vereação eleita pelo PSD ao Município de Santa Cruz votou hoje contra a aquisição de viaturas pela autarquia para a GNR e para a PSP, entendendo que esta decisão “está absolutamente fora das atribuições e competências camarárias, sendo esta, aliás, uma obrigação do Ministério da Administração Interna, ou seja, do Governo da República”, conforme explica Brício Araújo, que acrescenta que “o JPP não pode pôr as pessoas de Santa Cruz a pagar impostos altíssimos para sustentar estes delírios saloios de quem não tem qualquer noção do cargo que ocupa”.

É com “grande estupefação e muita preocupação” que Brício Araújo vê “o JPP a pôr os munícipes de Santa Cruz a pagar custos que são da competência do Estado em matérias que ultrapassam a ação concelhia”, refere nota enviada à imprensa, que acrescenta que há uma “violação grave da lei” e espera “uma intervenção firme do Ministério Público e do Tribunal de Contas”.  

Brício Araújo que, a este propósito, realça a “importância da segurança da população” e o “enorme respeito e consideração pelos agentes da PSP e da GNR que merecem todos os meios para o cumprimento da sua missão, assim como merecem melhores condições e o reconhecimento e a valorização do seu trabalho – questões que, aliás, o PSD tem vindo a colocar, sucessivamente, ao Governo da República”, embora esclareça que essa é “uma obrigação do Estado”.

“Obviamente que defendo todos os meios para a GNR e para a PSP, mas não aceito que sejam os residentes no concelho a pagar custos de matérias que nem sequer se cingem ao Município” exemplificando que, neste caso em concreto, Santa Cruz “não pode impedir que as viaturas saiam do concelho”. Brício Araújo

Vereador Social-democrata que, a finalizar, deixa claro que o Executivo do JPP devia investir no seu concelho e, não, assumir responsabilidades que, neste caso, são do Estado. “Julgamos que os impostos e as taxas que são cobradas aos Santa-cruzenses deviam servir para garantir mais e melhores respostas à população, nas diferentes áreas que são da responsabilidade do Município e, não, para esbanjar em matérias que são da competência de terceiros”, remata.