DNOTICIAS.PT
Turismo Madeira

Lobos-marinhos proporcionam autêntico festival da natureza

Passeios de barco ‘Xavelha’ tem sido experiência muito elogiada

None Ver Galeria

Veja as fotos registadas por Miguel Espada, da ASPRESS

Os passeios pela Costa Sul da ilha da Madeira a bordo da embarcação tradicional madeirense ‘São João de Deus’, um genuíno barco ‘Xavelha’, tem surpreendido não só pela ligeireza como navega, mas também pela emoção que tem sido as viagens realizadas no âmbito do Festival da Natureza. Ontem não foi excepção. A peculiar embarcação marítimo-turística mais do que proporcionar um agradável passeio até à Ribeira Brava, ofereceu ainda aos seus ocupantes – três casais madeirenses – a oportunidade de verem bem de perto dois lobos-marinhos.

“Foi espectacular. O mar também ajudou, está calmo, e ainda tivemos sorte de ver um lobo-marinho bebé logo aqui à saída – baía de Câmara de Lobos -, e ali mais à frente, na zona do teleférico de Câmara de Lobos, acabamos por ver outro já adulto. Esse já era bem grandinho”, descreveu Luís Silva, pouco depois de ter desembarcado no cais de Câmara de Lobos.

“Foi maravilhosa”, sintetizou as mais de duas horas de viagem. “O rapaz (timoneiro) foi simpático, explicando as zonas por onde íamos passando. Fomos até à frente da praia da Ribeira Brava. Foi de valor”, manifestou.

Desvendou entretanto que a viagem esteve em risco, por receio da esposa ao ver a (pequena) dimensão do ‘Xavelha’.

“Ela ficou ansiosa ao ver aquele barquinho, ao ponto de dizer que já não ia, com receio de enjoar, mas o rapaz (timoneiro) convenceu-a, explicando que o balançar do barco era só porque estava parado. E assim foi. A viagem acabou por ser uma maravilha, tanto que ninguém enjoou”, sublinhou.

Versão confirmada pela esposa, Fernanda Silva. “Quando vi o [tamanho do] barco fiquei com receio. Ir nisto assim? Não vou! Pensava que era muito maior e já não queria ir…, mas afinal faz-se bem. A viagem foi óptima”, reconheceu. “Fiquei surpreendida com a estabilidade e a prova disso foi não ter enjoado. Valeu a pena. Gostei da experiência e a paisagem vista do mar é muito bonita. É de voltar a fazer”, admitiu.

Rui Gonçalves, o homem do leme, reconhece que é um acaso conseguir proporcionar momentos de puro encantamento para além da experiência que é navegar sobre a transparência das águas e com as paisagens deslumbrantes das imponentes falésias.

“Nesta viagem avistamos dois lobos-marinhos. É uma sorte porque não é sempre que se vê o lobo-marinho, embora este ano, aqui na baía [de Câmara de Lobos], temos avistado quase todas as semanas. É sinal que estão a voltar à terra deles, neste caso, ao mar deles”, assinala.

Passeio que só terminou na ‘Pesquita’ prova de cerveja artesanal e bolo do caco, no centro da cidade câmara-lobense.