"Orçamento do Estado não serve o povo e o País", diz PCP Madeira
O PCP esteve, hoje, na Avenida da Madalena, numa acção de contacto com a população para denunciar o favorecimento explicito do Orçamento de Estado para 2025 aos grupos económicos e financeiros privados, pondo em causa o interesse do País e do povo, que conta com a conivência do PS.
No decurso da iniciativa, o dirigente do PCP, Ricardo Lume, denunciou que a proposta de Orçamento de Estado para 2025 apresenta "sinais preocupantes de uma estratégia do Governo da República PSD/CDS que conta com a conivência do PS, destruindo serviços públicos e empresas públicas estratégicas apenas para o beneficio dos grupos económicos e financeiros privados".
Aqui na zona da Madalena ,em Santo António, existem instalações de duas empresas públicas fundamentais para o desenvolvimento do País e da Região que são economicamente viáveis e que até têm lucros, mas que o Governo da República pretende fragilizar através de reestruturações danosas, para garantir mais proveitos aos grupos privados que são concorrentes das referidas empresas. Ricardo Lume, dirigente do PCP
O dirigente referia-se à RTP, empresa que o Governo pretende retirar "uma importante fonte de financiamento" que é a publicidade. "Por ano representa mais de 12 milhões de euros, com prejuízo para o serviço público de televisão, que pode por em causa a estabilidade financeira da empresa e, consequente, redução de trabalhadores, garantindo apenas mais vantagens para os órgãos privados da comunicação social", afirmou.
Estratégia idêntica acontece na Caixa Geral de Depósitos, banco público que tem vindo a apresentar resultados positivos ao longo dos últimos anos. "Mas mesmo assim o Governo e a administração do banco pretende encerrar balcões e serviços nas Regiões Autónomas e no interior do País, com graves prejuízos para a população, criando novas oportunidades para a banca privada", alertou.
O Orçamento de Estado para 2025 nega para os trabalhadores e o povo um aumento justo dos salários; limita o aumento das pensões, quando 1 milhão de reformados recebe menos de 510 euros, nega o direito à habitação, fomenta a especulação a liberalização das rendas e dos despejos e degrada serviços públicos. Por outro lado assegura aos grupos económicos e financeiros privados 250 milhões de descida do IRC para 0,1% das empresas, assegura 1.800 milhões de euros em benefícios fiscais, 1.538 milhões de euros em Parcerias Público Privadas (PPP). Ricardo Lume, dirigente do PCP
Ricardo Lume concluiu afirmando que "é este Orçamento do Governo PSD/CDS que o PS decidiu viabilizar abstendo-se", a que o Chega se apressou a estender a mão, se fosse necessário, e que o IL só critica porque ainda queria mais e pior. Este é o Orçamento de quem está comprometido com os grupos económicos e não com os direitos dos trabalhadores e do povo".