Chega culpa "extremistas e aparelhistas" pela elevada taxa de IRC
O deputado madeirense eleito pelo Chega para a Assembleia da República, Francisco Gomes, acredita que as elevadas taxas de IRC que existem e que continuarão a ser praticadas em Portugal, mesmo após as discussões em torno do Orçamento de Estado, "são culpa de certos segmentos ideológicos que se apoderaram do PSD e do PS", os dois partidos que, neste momento, têm as maiores representações na Assembleia da República.
O parlamentar acredita que a elevada taxa de IRC em vigor "põe Portugal em desvantagem" no que toca à competitividade no espaço europeu. Sobre este assunto, Francisco Gomes lamenta que o país continue atrás da Eslováquia, Eslovénia, Chéquia, Letónia, Polónia, Roménia e outros estados, que entraram para o projecto europeu muito depois de Portugal, mas que oferecem melhores condições para a captação de investimento estrangeiro. Destaca, também, que o país tem o "quarto pior sistema fiscal" da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico.
Os dois maiores partidos deveriam ter a noção de que um país periférico como Portugal precisa de uma taxa reduzida de IRC para atrair empresas e investimento. Porém, preferem brincar à política, em vez de implementar soluções que podem fazer uma diferença na vida dos cidadãos Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República
Numa análise ao actual momento político, Francisco Gomes afirma que a falta de capacidade do PSD e PS se entenderam quanto à redução do IRC resulta da influência que tem vindo a ser exercida dentro dos partidos por militantes que não estão em sintonia com as necessidades do país, mas representam, apenas, interesses minoritários, que são adversos à rota de prosperidade que Portugal tem de ser capaz de construir para si mesmo.
Temos de agradecer aos extremistas e aos aparelhistas que existem dentro do PS e do PSD a vergonha de taxa de IRC que temos em Portugal. Essa gente tem posto – e continua a pôr – os interesses partidários à frente do bem do país e é por isso que já vamos em cinco décadas de declínio. É tempo de acabar com a rota de pobreza! Francisco Gomes, deputado na Assembleia da República