Debate sobre os incêndios começa com recados do JPP ao PS
Élvio Sousa fez a intervenção de abertura do debate potestativo 'Para o esclarecimento cabal e urgente da gestão dos incêndios de Agosto de 2024", começando por recordar que um requerimento do JPP para audições urgentes sobre os incêndios, aprovadas por maioria, acabariam por ser impedidas por uma "caixinha" entre PSD, PS e CDS. A rejeição das audições aconteceu quando já estava a ser ouvido o comandante dos bombeiros da Ribeira Brava e Ponta do Sol, Sidónio Pio.
O que foi aprovado e está a decorrer é uma comissão parlamentar, pro iniciativa do PS que, esta tarde, vai ouvir o secretário regional de Saúde e Protecção Civil.
Pedro Ramos está no plenário, acompanhado pela secretária regional de Agricultura, Pescas e Ambiente, Rafaela Fernandes.
Élvio Sousa considera que a recusa das audições foi dos momentos mais "vergonhosos" do parlamento e fez atrasar todo o processo de esclarecimentos sobre os incêndios.
Hoje, "passados quase três meses", sublinha o líder do JPP, o que o parlamento está a fazer poderia ser feito há um mês e meio.
O JPP pediu a presença de todos os membros do governo, incluindo o presidente, mas Miguel Albuquerque não está no plenário.
"Para as televisões e as entrevistas fofinhas, para parecer bem, o presidente do Governo gaba-se de gostar de vir ao parlamento, mas como se tem visto, tem medo de ser confrontado, foge às suas responsabilidades. E tem sobretudo medo de ser confrontado pelo JPP", afirma.
Neste debate, diz o deputado, é necessário avaliar a gestão política e técnica dos incêndios.
Élvio Sousa começou por lembrar "o tempo de aparição dos governantes" que, para ele, foi tardia. Do mesmo modo, apresentou contradições de Pedro Ramos e Miguel Albuquerque sobre os meios utilizados que começaram por ser suficientes e, depois, foi necessário pedir ajuda ao continente.
O líder do JPP também lembrou que o Governo da República ofereceu ajuda, logo ao segundo dia dos incêndios, que foi rejeitada. Depois, foi pedida ajuda.
Élvio Sousa também referiu o regresso de Miguel Albuquerque para férias, no Porto Santo, a meio dos incêndios.