Governo libanês relata 60 mortos em ataques israelitas no leste do país
Pelo menos 60 pessoas morreram hoje em vários ataques israelitas no leste do Líbano, segundo o mais recente balanço do Ministério da Saúde libanês, que registou bombardeamentos na região de Baalbeck e na planície de Bekaa, redutos do Hezbollah.
Entre as vítimas estão "sessenta mártires", incluindo duas crianças, e 58 feridos, segundo a contagem do ministério que não é definitiva, noticiou a agência France-Presse (AFP).
Este dia é "o mais violento" em Baalbeck desde o início da guerra, em setembro, sublinhou o governador da província, Bachir Khodr, na rede social X.
Em 23 de setembro, o conflito entre Israel e o Hezbollah transformou-se numa guerra aberta, com o exército israelita a bombardear diariamente os bastiões do movimento xiita pró-Irão.
O Ministério da Saúde libanês publicou os relatos de vítimas em várias localidades e regiões visadas ao longo do dia.
"Continuam as operações de remoção dos escombros" nas aldeias afetadas, afirmou o ministério no seu comunicado.
O ministério citou em particular um ataque a Al-Allaq que fez 16 mortos, outro a al-Hafir que fez dez mortos, bem como um atentado bombista no setor de Ram no qual nove pessoas foram mortas.
Seis pessoas, incluindo uma criança, foram mortas num ataque na cidade de Bodai. Uma segunda criança morreu num "ataque do inimigo israelita" à cidade de Brital.
Estes bombardeamentos não foram precedidos de apelos à evacuação emitidos pelo exército israelita antes dos seus bombardeamentos noutros locais do Líbano.
No leste do país, na fronteira com a Síria, Israel geralmente não apela à evacuação da população, porque diz que tem como alvo posições do Hezbollah.
Os bombardeamentos atingiram também a cidade costeira de Tiro, no sul do Líbano, na segunda-feira, onde sete pessoas morreram, segundo o Ministério da Saúde.
Com este número pouco exaustivo, os ataques israelitas no Líbano fizeram mais de 1.700 mortos desde 23 de setembro, segundo uma contagem da AFP baseada em dados do Ministério da Saúde libanês.
O conflito foi desencadeado em 07 de outubro de 2023 com um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, que matou mais de 1.200 pessoas, sobretudo civis, e outras cerca de 250 foram levadas como reféns.
Israel retaliou com uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já deixou mais de 42 mil mortos, também maioritariamente civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo grupo palestiniano.
A guerra alastrou-se ao Líbano, onde, após quase um ano de trocas de tiros ao longo da fronteira israelo-libanesa, Israel lançou desde setembro um forte ataque contra o Hezbollah.