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Turismo Madeira

“Não há turismo a mais. Pode é haver alguns episódios de concentração”

Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo na conferência ‘Estratégia de Turismo 2035: construir o turismo do futuro’

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Nâo há turismo a mais nem na Madeira nem em qualquer outra região de Portugal. A conclusão é do secretário de Estado do Turismo, um dos oradores no Painel Institucional no âmbito da conferência ‘Estratégia de Turismo 2035: construir o turismo do futuro’.

“Não há turismo a mais. Pode é haver alguns episódios de concentração”, sustentou o governante no painel institucional, que conta com participação do presidente da Associação de Municípios da Região Autónoma da Madeira (AMRAM), Carlos Teles, do secretário regional de Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesu e do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado.

Com o turismo em Portugal a crescer 10% ao ano, prevê que no final deste ano os proveitos do sector ultrapassem os 27 mil milhões de euros.

Fez votos que outros sectores também cresçam, até porque o turismo impacta todos os sectores de actividade, desde o primário até ao terciário.

Para Eduardo Jesus, secretário regional com a tutela do Turismo, o grande desafio do turismo da Madeira é manter os equilíbrios, por entender que o sector tem sucesso quando consegue estabelecer equilíbrios. Neste particular destacou a natureza e a oferta cultural que o destino Madeira oferece a quem a visita.

Há também os desafios estruturais que são as acessibilidades. Apontou a limitação do aeroporto devido à “teimosia nacional” com 60 anos. “O nosso está refém de limites que foram estabelecidos em 1964”, criticou. Mais ainda por entender que o problema não é a intensidade do vento, mas o fenómeno do vento cruzado, sendo este um problema atmosférico “de qualquer aeroporto. Não é só da Madeira”, vincou. Voltou a apontar que bastava uma alteração de 3 nós para melhorar substancialmente a operacionalidade do Aeroporto Internacional da Madeira – Cristiano Ronaldo em episódios de vento. Aproveitou para lembrar que está em curso o reforço de equipamentos de auxílio à navegação aérea, convencido que estes “não vão resolver absolutamente nada”.

Lamentou o episódio ocorrido esta manhã de um voo inaugural para a Madeira – nova rota - que acabou divergido para as Canárias.

Carlos Teles, na qualidade de presidente da AMRAM, reivindicou a participação dos municípios em qualquer estratégia de turismo.

“É preponderante, é obrigatório que as autarquias façam parte desta parceria”, declarou. “Sentimos a preocupação que existe nos nossos residentes”, apontou, para concluir que “é preciso ter alguns cuidados, é preciso corrigir alguns erros, é preciso melhorar o que até agora não foi melhorado”, disse.