Há 25 anos nascia um Jardim de Plantas Indígenas em São Vicente
Decorria o ano de 1989 quando a Câmara Municipal de São Vicente, então presidida pelo social-democrada Gabriel Drumond, aceitou o desafio do Clube de Ecologia 'O Barbusano' e avaçou para a criação de um espaço verde, no centro da vila, dominado por plantas naturais da Região.
Esse foi um dos assuntos que deram forma à edição deste seu DIÁRIO de 28 de Outubro de 1989, a qual trazemos hoje à sua lembrança neste 'Canal Memória'.
O projecto foi liderado por Raimundo Quintal, então presidente daquele clube ligado à Escola Secundária Francisco Franco, e contou com verbas do Fundo Mundial para a Natureza. O novo jardim, que naquela data recebia cerca de uma centena de espécies nativas da Madeira, deveria estar concluído em 1992.
O geógrafo apontava a necessidade de recriar aquela associação vegetal indígena, como forma de sensibilizar os residentes e os turistas para a necessidade de preservar a floresta nativa, fazendo destes espaços verdes verdadeiras acções de educação ambiental.
O novo jardim era designado por Raimundo Quintal como um Ecomuseu "pretende funcionar como uma escola, um pólo de
visita e estudo, quer para a população estudantil, como para própria comunidade. Pois, a ecologia não é do Clube Barbusano ou da Câmara de São Vicente. É uma obrigação de todos nós preservarmos o Ambiente, digamos que é um dever que temos perante as gerações vindouras: dar-lhes um Mundo melhor onde viver", podemos ler na reportagem então publicada.
O Jardim das Plantas Indígenas ainda hoje se mantém vivo no centro da vila de São Vicente, embora, possivelmente, com menos pujança de outros tempos.
Mas a edição do DIÁRIO de há 25 anos dava também espaço à preparação das eleições autárquias por parte dos três principais partidos, o PSD, o PS e o CDS.
Foi dado, igualmente, destaque à comemoração do 12.º aniversário do Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira, um dos percursores do ensino superior público.