"Se o povo continua a dar votos ao PSD é porque acreditam"
José Prada espera que as ideias não se estraguem com a vertente mais política do debate. Realçou a enorme coragem dos pais que vieram falar da morte dos seus filhos, recordou a sua vida com o seu pai, falecido recentemente.
Advogado há mais de 30 anos, pai de dois filhos, foi para a política apesar da discordância do pai, que lhe prometeu pagar mais, mas a vontade de ir para a política levou-o a aceitar entrar para o PSD e ser eleito, hoje como secretário-geral do partido que lidera a Madeira há quase 50 anos.
Sobre a disciplina de voto lembrou que se há deputados que não cumprem são, por exemplo, os da Madeira na Assembleia da República, que procuram simplesmente defender os interesses da região. Reconhece que perdendo a maioria dos votos, recorda que não é só aqui que esse fenómeno acontece.
Também refere que se o povo continua a dar votos ao PSD é porque acreditam. O voto do madeirense é como votar no PSD, PS, JPP, etc, recusando a ideia que quando nos favorece o povo é soberano, mas quando não vota em nós, o povo já não percebe do assunto.
Com a disputa eleitoral interna, entraram mais militantes e mais quotas pagas, brincou, em relação à eleição recente no PSD. Reconhece em Manuel António um quadro valioso e outros da sua equipa que deviam ter vindo ajudar o partido, quando mais precisou. O partido não está partido, mas algumas pessoas querem parti-lo, o que não é o caso do Manuel António, garantiu.
Quando não me sentir bem no partido e com as directrizes, digo que não concordo e saio, aponta. "Nunca deixei a minha profissão porque não se vive da política, eu é que abro a porta do escritório e fecho a porta, sozinho, sou advogado e vou morrer com a minha toga", concluiu.