"Tenho uma visão e uma perspectiva do PSD"
Manuel António Correia, elogiou que o Madeira 7 Talks é uma emanação da sociedade civil, pois raros os debates e conferências têm estas características heterogéneas. A pensar naquilo que ia dizer, diz que sai daqui a pensar no que ouviu, assumindo a responsabilidade de tudo o que ouviu para inspirar-se para, no futuro, ser melhor cidadão.
Ver pessoas por trás das figuras públicas que conhecemos, foi uma boa mais-valia saída do Madeira 7 Talks, por isso "acho que devíamos conhecer mais as pessoas por trás dos líderes que vamos escolher. Devemos conhecer melhor as pessoas para ter melhores líderes no futuro", atirou.
Na política como na música, defendeu, podemos ser fiéis às pessoas que nos levaram, o político deve respeitar a pauta e povo que o mandatou. Se calhar a disciplina de voto, um dia, vai deixar de ser uma situação. Mesmo acreditando que a política foi maltratada na conferência, em que se fala mais do passado do que do futuro, crê que a Madeira pode ser um dos melhores sítios para viver se olharmos para o que podemos fazer, para melhorar a vida das pessoas.
"Tenho uma visão diferente da vida do PSD e uma perspectiva diferente do que se deve fazer", garantiu, reforçando que "não é uma luta entre bons e maus, mas a minha ideia era informar os cidadãos". Esteve 10 anos afastado da política, mas antes teve 21 anos de dedicação à causa pública. Poder ter tido vida fora da política foi a melhor coisa que fez, pode dedicar à família, viajar, mas a verdade é que o regresso foi porque não quis ter que arrepender-se de não ter candidatado contra Albuquerque, para daqui a uns anos olhar para trás e não o ter feito.
Frisando que não reconhece na oposição condições para assumir a governação na Madeira, estando agora de consciência tranquila. "A Madeira tem estado muito tempo a pensar nos políticos e menos nas políticas", defendendo um meio de transporte eléctrico ferroviário (metro ou comboio) que ligue toda a costa sul da Madeira, uma forma de resolver no futuro, a questão da mobilidade, uma visão estrutural para o desenvolvimento da Região.
Questionado se a questão da habitação não é prioritária, Manuel António Correia diz que essa deve ser uma prioridade que deve estar a par da mobilidade, não é uma coisa ou outra, pois o investimento tem de ser feito em simultâneo, tanto que resolver o problema das acessibilidades poderá resolver a questão da habitação. "A dos transportes é para anos, a da habitação já deveria ter sido para ontem", atirou.