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Madeira

Três rebeldes da política madeirense

Foto Miguel Espada/Aspress
Foto Miguel Espada/Aspress

Magna Costa, deputada do Chega, que foi autarca pelo PSD em Machico, hoje vive uma situação complicada de desavença com os restantes deputados do partido na ALRAM. No Madeira 7 Talks para falar somente de culinária, danças de salão e moda, Magna Costa, em pequena e com a imaginação fértil de criança, queria mudar o mundo, acredita que tudo tem acontecido de forma quase mágica na sua vida e da mesma forma explosiva.

Entrar na política não foi 'herança' familiar, foi sim a educação cívica para esta actividade, querer agir. Lembra-se que as pessoas deitavam lixo para a ribeira em Machico, porque faltava baldes de lixo, em vez de se deslocarem para mais longe fazê-lo. Comprou cartolinas, juntamente com os irmãos, escreveram cartazes a reivindicar que as pessoas não deitassem lixo, acção que ao fim de algum tempo foi mudando comportamentos de adultos.

A reciclagem não só de lixo, mas também de pessoas, defende que há sempre possibilidade de serem dadas segundas oportunidades. Acreditando que ainda pode fazer muito mais na política, esta deputada na Assembleia Legislativa da Madeira, defende que é possível fazer muito mais em várias causas, exemplificando com a legislação sobre a instituição de um médico-veterinário municipal.

Os momentos menos positivos e correctos ficam para quem as toma, escusou-se a comentar o que se tem passado com os deputados do seu partido, o Chega, tal como referiu Sancha Campanella, presente na conferência, os casos que a bancada do partido tem vivido e que têm sido amplamente noticiados.

Filipe Sousa, também já foi deputado do PS e saiu para fundar um novo partido. Não está desfiliado do JPP, que abraçou desde o início, motivado pelo bichinho da política, sobretudo a autárquica, vencendo as eleições de 2013 em Santa Cruz. Não foi por sua vontade que foi fundado o partido político Juntos Pelo Povo, pois tinha tido má experiência no PS, porque os partidos muitas vezes estragam as coisas boas que os autarcas fazem.

Enganei-me, disse, porque a génese do partido continuou como o idealizamos, com altos e baixos, acredita que em futuras eleições poderão chegar mais alto, um degrau de cada vez. Sobre desentendimentos entre irmãos, negou ter havido, mas sim conversas em harmonia familiar, o Filipix de Gaula, garante que o que não o move não são lugares na política, não gosta de política deliberativa, não sabe se vai voltar à assembleia legislativa, mas daqui a um ano talvez.

A disciplina de voto é uma das coisas por que teme Filipe Sousa, por isso não gosta de ser deputado. Foi uma das razões que o levou a abandonar o PS, a perda de individualidade que os partidos impõem.

Leninha Figueirôa, contestatária do PSD, desvinculou-se após carta do partido, e vinculou-se na Iniciativa Liberal, porque era uma liberal e não sabia, mas ficou convencida após conversa com Carlos Guimarães Pinto. Sem ambição política de ser eleita para qualquer cargo, defende que a participação política deve ser voluntária.

Do ponto de vista liberal que abraçou de são consciência e cuja única ideologia é o indivíduo, diz que como mulher sentir-se-ia muito desvalorizada para assumir um papel para representar cotas, não recusando, contudo, que haja franjas da população que se sintam menos representadas. A meritocracia deve ser aquilo que prevalece numa sociedade democrática.

O discurso do politicamente correcto não a atrai, sendo professora, que é uma profissão de mulheres, reforça que nunca aceitaria ficar à frente de alguém porque é mulher para um cargo.