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(I)literacia mediática

A literacia mediática, também conhecida como “alfabetização mediática” ou “literacia digital”, é a capacidade de compreender, analisar e avaliar as mensagens e informações transmitidas pelos meios de comunicação, sejam eles impressos, digitais, televisivos, radiofónicos ou outros.

No mundo actual, somos continuamente bombardeados com informação de diversas fontes.

É comum dizer-se que estamos na “era da comunicação” ou, mesmo, na “era do conhecimento”.

A palavra “informação” é frequentemente utilizada sem muita consideração pelos vários significados que adquiriu ao longo do tempo.

Genericamente, o conceito de informação está intimamente ligado às noções de representação de conhecimento, comunicação, instrução, conhecimento, controlo, dados, forma, significado, estímulo, padrão e percepção. Transmite-se sob a forma escrita, oral, gravada (audiovisual), numérica ou pictórica.

A origem da palavra “informação” está no latim “informatio”, ”onis”, com o sentido de “delinear, conceber ideias”, ou seja, dar forma ou moldar na mente (como em educação, instrução ou treinamento).

Resultante do processamento, manipulação e organização de dados, representa uma modificação (quantitativa, qualitativa ou ambas) no conhecimento do sistema (humano, animal ou máquina) que a recebe. O seu valor varia conforme o indivíduo, as necessidades e o contexto em que é produzida e compartilhada. O que é importante para mim, pode não o ser para cada um dos meus leitores, ou vice-versa.

A, actualmente, fácil circulação da informação transformou o mundo numa grande sociedade globalizada (e globalizante).

É fácil reconhecer que estamos perante uma “arma” extremamente poderosa, para o bem e para o mal, dependendo do uso que dela seja feito.

Literacia mediática (ou literacia digital) será, portanto, a capacidade de compreender, analisar e avaliar as mensagens e informações transmitidas pelos meios de comunicação, sejam eles impressos, digitais, televisivos, radiofónicos ou outros.Para que a fácil circulação da informação seja benéfica, é necessário educar e consciencializar acerca da importância da literacia mediática.

Questionar fontes e conteúdos.

Verificar se a fonte é confiável e imparcial. Avaliar o conteúdo em busca de vieses, sensacionalismo ou desinformação.

Efectuar a verificação de factos (o chamado “Fact Check”) consultando várias fontes confiáveis para confirmar a precisão da informação.

Compreender o contexto em que a informação (mensagem) é apresentada. Desenvolver habilidades de pensamento crítico para analisar e avaliar as informações de uma forma objetiva. Perguntar a si mesmo se a informação faz sentido, se é baseada em evidências sólidas e se está de acordo com seus conhecimentos prévios.

Melhorar as habilidades digitais próprias para discernir informações “on line” − aprender a identificar “sites” falsos, usar mecanismos de busca eficazes e entender as políticas de privacidade “online”.

Conversar com outras pessoas e compartilhar informações confiáveis (ajuda a criar uma comunidade de pessoas mais informadas).

Evitar se envolver em notícias sensacionalistas (ou exageradas) que visam, apenas, chamar a atenção.

Aplicar o Pensamento Ético: Considerar as implicações éticas das informações que consome e compartilha. Respeitar a privacidade e os direitos das pessoas.

Aos governos competirá promover a “Alfabetização Mediática” nas Escolas: Incentivar a inclusão da literacia mediática nos “curricula” escolares. Isso ajudará a preparar as gerações mais jovens para lidar com a enxurrada de informações do nosso mundo digital.