A obesidade
Numa consulta o médico perguntou ao paciente se tomava café diário e se adicionava açúcar. O paciente respondeu que tomava 6 cafés e adicionava açúcar.
O médico apresentou-lhe um cálculo simples desse consumo, considerando os 4 grs pacote de açúcar (partir Jan. 2020) : 24 grs, dia; 168 grs, semana; 672 grs, mês; 8,064 Kg ano.
O médico acrescentou que a estes valores teria de acrescentar o açúcar que é ingerido noutros alimentos, diariamente, como a frutose, sacarose, lactose, amido, xarope de milho, etc.
“É muito fácil exceder as recomendações máximas para o consumo de açúcar, definidas pela Organização Mundial da Saúde: até 25 g (seis colheres de chá) por dia.
Este alimento, considerado por muitos o veneno do século XXI, quando ingerido em excesso, pode ter várias consequências negativas para a nossa saúde.” (site Hospital CUF)
“Sabia que, por dia, devemos ingerir no máximo cerca de uma colher de chá de sal? A verdade é que estamos ainda muito acima desse valor. Em Portugal, o consumo diário de sal é mais do dobro da quantidade recomendada. Quando ingerimos este ingrediente em excesso, quem sofre as consequências é a nossa saúde. Do coração ao peso, não há zona do corpo que escape ao impacto deste mau hábito.” (site CUF)
“A ingestão de sal recomendada pela OMS é de até 5 gramas por dia, mas os valores máximos de sal identificados nos idosos em Portugal foram de 27 gramas de sal nos homens e 20,8 gramas nas mulheres, ou seja, mais do triplo do valor recomendado.” (estudo 2018, site SNS).
O programa, recente (16 Out), sobre o sistema digestivo, Rtp 2, três médicos e uma nutricionista informaram sobre as consequências de excesso de consumo de açúcar, sal, álcool, gorduras, carnes, para a saúde.
Os nutricionistas recomendam na confecção das refeições: “descascar mais e desembrulhar menos”.
“Portugueses gastaram 9,6 milhões de euros para tratar obesidade até Agosto”.
“Só com dois fármacos para diabéticos tipo 2 que ajudam a perder peso, SNS gastou quase 50 milhões até Agosto”.
“O país soma cerca de 2,3 milhões de adultos com obesidade (a que acrescem 107 mil crianças e adolescentes entre os cinco e os 19 anos, segundo o estudo mais recente da revista científica The Lancet).”
“Em Portugal, o estudo mais recente mostrava que a obesidade e o excesso de peso representaram em 2018 um custo directo de 1,2 mil milhões de euros, “aproximadamente 0,6% do PIB e 6% das despesas de saúde em Portugal”.
“Num artigo publicado no Daily Telegraph, o ministro da Saúde britânico, Wes Streeting, pintou um quadro sombrio: “As nossas cinturas cada vez mais largas estão a sobrecarregar significativamente o nosso serviço de saúde, custando ao NHS [o SNS britânico] 13 mil milhões de euros por ano - ainda mais do que fumar. E está a atrasar a nossa economia. As doenças causadas pela obesidade fazem com que as pessoas tenham, em média, mais quatro dias de baixa por ano, enquanto muitas outras são obrigadas a deixar de trabalhar.” (Público, 21 Out.)
João Freitas