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Madeira

Novo orçamento da União Europeia deve respeitar princípio da subsidiariedade, avisa José Manuel Rodrigues

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O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira vai, hoje e amanhã, defender, junto dos participantes no Comité das Regiões, a manutenção das regras do princípio da subsidiariedade activa, sob pena de "uma gestão centralizada, em Bruxelas e nos Governo Centrais, do quadro financeiro plurianual" estar a "matar a própria coesão económica, social e territorial da União Europeia".

José Manuel Rodrigues encontra-se, hoje, pelas 19 horas, em Varsóvia, com os 40 membros do Comité das Regiões Europeu, na cerimónia de boas-vindas aos participantes na 11.ª Conferência sobre Subsidiariedade promovida pelo Comité, na capital da Polónia.

O governante recorda, a propísito, que o princípio da subsidiariedade foi criado para garantir “um determinado grau de autonomia de uma autoridade subordinada a uma instância hierarquicamente superior, ou de uma autoridade local em relação ao poder central”, através de uma repartição de competências entre diversos níveis de poder.

José Manuel Rodrigues, que é também presidente da Conferência das Assembleias Legislativas Regionais Europeias CALRE), reforça que “esta nova arquitectura institucional que se pretende para a União Europeia, com um novo orçamento e um novo quadro financeiro plurianual, que entrará em vigor em 2028, deve respeitar aquilo que são os poderes das instituições europeias, aquilo que são as competências dos Estados-membros, mas também um princípio sagrado dos Tratados europeus que é o princípio da subsidiariedade activa”.

O líder madeirense até entende "com alguma naturalidade, e face aos últimos acontecimentos, como a guerra na Ucrânia", que se queira “reforçar um certo federalismo a nível da União Europeia para ganhar peso perante os Estados Unidos, a China, os países emergentes e a própria ameaça Russa”, no entanto avisa que "qualquer mudança não deve ser feita à custa do centralismo dos poderes e competências europeias nas instituições da União Europeia e nos Estados-membros, em detrimento das próprias Regiões, e no caso da Madeira e dos Açores, das Regiões ultraperiféricas”.

“Aquilo que eu defendo, enquanto presidente da CALRE, é que se procure nesse novo orçamento e nesse novo quadro financeiro plurianual se mantenha muito firme o princípio da subsidiariedade ativa e sobretudo que não se centralize poderes e competências em Bruxelas e nos Estados-membros e se mantenha nos governos regionais e nos parlamentos regionais um determinado número de competências, designadamente quanto à aplicação das diretivas comunitárias, das políticas comunitárias e dos financiamentos e fundos europeus”, conclui.

Amanhã, pelas 9h50, o Presidente da Assembleia Legislativa da Madeira irá explanar e desenvolver estas ideias na 11.ª Conferência sobre Subsidiariedade, subordinada ao tema 'Legislar melhor e subsidiariedade ativa: soluções para uma União Europeia eficiente'. Trata-se de uma reunião magna promovida pelo Comité das Regiões Europeu em parceria com o Governo da Região da Mazóvia, da Polónia.