PC e o “funeral”
O recente livro de memórias seletivas de Pinto da Costa (PC) constitui mais uma tentativa para escamotear o descalabro da sua gestão económica e financeira à frente do FCP que fica sintetizada na seguinte passagem do livro: “… a dois dias do prazo dado pela UEFA … ou vendíamos o passe de um jogador ou não íamos às competições europeias. Esta segunda solução, para mim, era inaceitável. Já tinha avisado os meus colegas que se tal acontecesse me demitiria. ... Essas dívidas eram fundamentalmente por dois atos de gestão ruinosos: a compra do José Luís e do Nakajima. Não servia de desculpa a pressão que o treinador nos fez para a compra desses jogadores, porque os culpados fomos nós em ceder a essa pressão».
Este curto extrato acaba por resumir a ideia chave do livro e faz a síntese perfeita do falhanço estrondoso da gestão de PC a nível económico e financeiro, nomeadamente no que concerne a princípios básicos da gestão e pior ainda ao insinuar que foi a “pressão” do treinador Sérgio Conceição (SC) para a compra de 2 jogadores que levou o FCP à beira da bancarrota.
Mais uma vez PC em vez de reconhecer os seus erros de gestão ou em última análise procurar explicá-los de forma plausível, o que não consegue pois os mesmos são tudo menos plausíveis, tenta justificá-los com o fair play financeiro da UEFA e com a “pressão” de SC, como se a situação económica e financeira catastrófica a que o FCP chegou não fosse o acumular de sucessivos erros de gestão de PC durante dezenas de anos.
Já o episódio ridículo e grotesco de quem pretende que não vá ao seu funeral, mostra bem a sua paranóia de se julgar superior ao comum dos mortais ao ponto de mesmo depois de morto querer impor-lhes a sua vontade.
O que os sócios do FCP conseguiram ao derrotar PC acabando com a sua gestão económica e financeira catastrófica e elegendo a atual direção, foi não terem de ir ao “funeral” do FCP e isso é de longe muitíssimo mais importante do que ir ao funeral de PC.
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